Com as novas tecnologias de informação e comunicação, o ensino a distância vem evoluindo a cada ano e conquistado mais adeptos. Para se ter uma ideia, dos mais de 10 milhões de concurseiros no país, três milhões estão matriculados em programas de ensino seja pela TV via satélite, seja pela internet.
Mas, na hora de optar por esta modalidade de estudo, o candidato precisa ter alguns cuidados, como procurar avaliar a plataforma de ensino adotada e saber se o conteúdo está atualizado e se adequa aos programas dos concursos que ele pretende prestar.
Especialista em concurso público e autor do livro 'Manual dos Concurseiros' (Editora Ferreira), o professor Ricardo Ferreira chama a atenção para um fato importante: se, por um lado, os cursos on-line e telepresenciais democratizam o acesso ao ensino, por outro, o aluno precisa ser ainda mais disciplinado para os estudos.
- Assistir às aulas a distância facilita a vida do candidato que não tem tempo de frequentar diariamente um curso preparatório pessoalmente, mas, para conseguir um bom desempenho, é preciso ler livros confiáveis sobre a área para a qual pretende concorrer e buscar exercícios, simulados e outras formas de se preparar, como grupos de estudo.
Leonardo Pereira, diretor do Instituto IOB, diz que um cuidado que se deve tomar ao buscar um curso a distância é verificar como e quando poderá acessar o conteúdo oferecido. Segundo ele, saber se poderá rever a aula que perdeu e se terá que pagar a mais por isso; quantos dias depois da aula ministrada poderá rever o conteúdo lecionado; e, por último, se será disponibilizado um canal ou plantão para tirar dúvidas são questões que devem ser, de cara, esclarecidas por quem oferece o serviço.
- Tudo isso completa o pacote de interação e acessibilidade do aluno com o curso que pretende fazer - esclarece.
Também é essencial, acrescenta Pereira, saber se o conteúdo oferecido está atualizado:
- Muitos cursos se valem de materiais antigos e desatualizados e, como o aluno não está frente a frente a um professor, pode se ver diante deste tipo de situação.
Buscar outras pessoas que tenham adquirido produtos e serviços desses cursos e conversar sobre suas experiências para saber se foram positivas também é válido, afirma Mariane Ferreira, diretora da Editora Ferreira e responsável pela organização da Feira do Concurso.
De acordo com o professor Ricardo Ferreira, outro mito que envolve esses tipos de cursos é que eles são bem mais baratos que os presenciais.
- É uma ilusão pensar que os cursos a distância saem mais em conta. Há programas que são mais caros que os presenciais. É claro que essa diferença de preço, em alguns casos, é justificada pelo uso de um material rico e de qualidade, além de professores renomados - afirma.
Da Agência O Globo
