fbpx

Sidebar

19
Sex, Abr

Você consegue imaginar a lista de material dos alunos de Singapura?

Notícias EAD

Programação é uma disciplina básica na educação de Singapura. Cabo USB, alicates e tablets são material comum na lista de material dos alunos na região. A repórter do El País Beatriz Guilén foi conhecer uma das unidades, localizada numa zona residencial do oeste de Singapura, e contou o que viu neste artigo.

Drones voando, pianos tecnológicos, circuitos com 40 mouses que se movem sozinhos. Tudo concebido, montado e controlado por crianças de 10 a 12 anos. Normal nas Smart School (escola inteligente) do país.

Na unidade visitada, 3 mil crianças usam tablets, programam e já “cansaram” de ver robôs, impressoras 3D, drones. Esse tipo de formação é parte de um programa de governo que atende 110 mil alunos dos 6 aos 12 anos.

Aos 3 anos — assim que entram na pré-escola —, as crianças começam a ser familiarizadas com o “computational thinking” (pensamento tecnológico). Aos 6 anos, quando chegam à escola primária, já estão preparados para começar a usar o Scratch, uma plataforma de ensino da programação de computadores desenvolvida pelo MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts).

“Sem recursos naturais, essa cidade-estado de 5 milhões de habitantes, que ocupa pouco mais de 700 quilômetros quadrados (metade do município de São Paulo) tem muito clara qual é a sua matéria-prima: o talento dos seus habitantes. Em seu projeto de se tornar o primeiro país inteligente do mundo, onde a tecnologia seja o princípio e o fim, a educação adquire um papel essencial”, disse a repórter em um dos trechos da matéria.

Programação de drones, robôs e videogames desde os 3 anos de idade
A tecnologia tem um valor vital e estratégico para Singapura. Por isso, o governo começa a transmitir conhecimentos do setor aos cidadãos desde tão cedo. As crianças começam a aprender computação já na ciclo infantil. O projeto chamado Playmaker, criado há dois anos, funciona em 160 escolas e atende 10 mil.

 No pequeno país insular, localizado no sudeste asiático — e o número 1 do mais recente ranking OECD PISA —, há consciência total de que:

  • Alguém precisará dirigir, desenvolver esta revolução digital
  • Alguém precisará herdar o legado tecnológico que está começando
  • São necessários jovens que saibam programar drones, videogames, circuitos, aplicativos, robôs

“É a diferença entre um país que consome tecnologia e um país que cria tecnologia”, disse uma fonte do Governo à repórter do El País.

Para que comecem a aprender a linguagem de códigos de computador, as crianças não usam tablets. Em seu lugar, brinquedos programáveis e robotizados. A Yuhua PCF, escola visitada por Beatriz Guilén, foi pioneira da adoção do programa.

Na pequena escola infantil é obrigatório tirar os sapatos, desinfetar as mãos e medir a temperatura antes de entrar na sala de aula. As crianças brincam com uma abelha robotizada, a Bee-bot.

Mas há um brinquedo favorito em cada classe. Kibo, um dispositivo com sensores que leem as instruções de vários cubos de madeira — ir para a frente, girar, dançar, parar — é outro exemplo.

O ex-ministro da Educação e atual diretor do grupo de inovação educacional, Adrian Lim explicou que as crianças são bastante exigentes. “Tínhamos uma lista de dez [brinquedos tecnológicos] e precisamos descartar quatro porque as crianças não gostaram”, disse.

Com esses brinquedos eles aprendem que programar é um jogo. Mas ficam apenas meia hora com eles por dia. “A tecnologia é apenas uma ferramenta para melhorar sua criatividade. Queremos que saibam que são capazes de criar e desenvolver novas ideias”, disse o ex-ministro da Educação ao El País.”Precisamos construir cidadãos inteligentes, preparar as crianças para nossa nação inteligente.”

Fonte: Inoveduc