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Sex, Abr

Bruno Covas diz que anunciará em 15 de setembro se aulas presenciais na cidade de SP voltam em 2020 ou só em 2021

Notícias EAD

Segundo prefeito, definição dependerá de resultado de nova testagem que será feita em alunos. Em entrevista à GloboNews, Covas falou sobre a epidemia da Covd-19 na cidade.

Segundo prefeito, definição dependerá de resultado de nova testagem que será feita em alunos. Em entrevista à GloboNews, Covas falou sobre a epidemia da Covd-19 na cidade.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que anunciará no dia 15 de setembro sua decisão sobre a data de retomada das aulas presenciais na capital paulista. Embora a gestão João Doria (PSDB) tenha liberado o retorno em outubro no estado, Covas ainda não definiu se o ano letivo será retomado presencialmente na cidade ainda em 2020.

Nesta semana, o prefeito já havia afirmado que a definição dependerá do resultado de uma nova testagem nos alunos para verificar a presença de anticorpos contra a Covid-19.

Em entrevista exclusiva à GloboNews, Covas também avaliou a evolução da epidemia nos últimos seis meses na cidade. Leia abaixo:

GloboNews - A respeito da volta as aulas, muito se pergunta por que a Prefeitura já não tomou a decisão se retorna ou não o ano letivo em 2020.

Covas - A gente está enfrentando uma epidemia onde a gente tem mais dúvidas do que certezas. O inquérito sorológico realizado pela Prefeitura tem dado números da cidade de São Paulo. Então muito mais do que olhar o que o mundo está fazendo, o que está acontecendo em outras cidades, nós estamos verificando os dados da cidade de São Paulo para ter tranquilidade nessa decisão. Com três pesquisas a gente entende que é o momento apropriado para tomar essa decisão em relação à volta às aulas esse ano ou não. As duas primeiras fases foram feitas apenas com alunos da rede pública municipal. Nós estamos agora estendendo isso para alunos da rede privada e da rede pública estadual. Vamos ter um número mais consolidado da cidade, não olhando apenas o 1 milhão de alunos que temos na rede municipal, mas para os 2,5 milhões de alunos que temos nas três redes.

GloboNews - O senhor poderia dar um prazo pra tomada dessa decisão?
Covas - Dia 15 de setembro.

GloboNews- São Paulo já esta há bastante tempo na fase amarela, mas existem alguns questionamentos de alguns setores por que a Prefeitura assinou protocolos com shoppings, por exemplo, e não com setores da cultura.

Covas - Não se trata da vontade ou não do prefeito. A Vigilância Sanitária solicitou que a gente aguardasse um pouco mais a estabilização dos casos na cidade, a reabertura de todos os outros setores para depois liberar o setor cultural. Na cidade de São Paulo a gente já está vivendo 3 meses de reabertura sem retorno às fases anteriores, diferente de outras partes do mundo que tiveram que retroceder. Tenho certeza que agora a gente deva atingir a fase verde entre 20 de setembro e 10 de outubro e aí nós vamos poder retomar a atividade cultural na cidade.

GloboNews - O senhor entende q nós já chegamos a um patamar confortável, aceitável da doença em São Paulo?

Covas - Enquanto tiver uma morte ainda não é aceitável. Então todos os índices e todos os números que nós temos na cidade de São Paulo não se devem apenas à participação e às ações da prefeitura. Também se devem à população que mudou seus hábitos, que mudou seu dia-a-dia para poder se adaptar a essa nova realidade.

GloboNews - Com essa retomada da flexibilização de algumas atividades e com a perspectiva de que SP atinja a fase verde até outubro, existe o medo que a cidade viva uma nova onda da Covid-19?

Covas - A cidade começou a reabrir e a flexibilizar quando a gente tinha um índice de prevalência já na faixa de 10% da população, o dobro quando comparado a países como França e Espanha, que começaram a flexibilizar com 4 ou 5% de prevalência nas suas populações. Cada setor que está reabrindo, reabre com protocolo assinado com a prefeitura. Essa é uma preocupação, razão inclusive pela qual a ente continua com uma série de leitos disponíveis pro coronavírus aqui na cidade.


GloboNews - O G1 mostrou um levantamento q mostra q a taxa de desemprego na capital está mais alta que no estado de SP.

Covas - A gente praticamente teve uma redução de carteiras assinadas nos meses de abril e maio que é a mesma quantidade de carteiras assinadas no ano de 2019. Tanto que eu já pedi à secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, que está elaborando um plano para os próximos 20 anos, que elabore um capítulo específico para os próximos 12 meses. Nós vamos ter uma atuação mais firme, com qualificação profissional, com tratamento para poder colaborar com as empresas pra que elas voltem a investir, a gerar emprego na cidade de São Paulo. Agora, alguns índices mostram alguma retomada econômica, a previsão de perda de arrecadação do município era de R$ 9 bilhões um mês atrás. Hoje a gente já lida com R$ 8 bilhões.

GloboNews - Nesses 6 meses, tem algo que o senhor se arrependa ou qual a tomada de decisão que mais se orgulha? Decisões daqui pra frente pode impactar na sua candidatura pra prefeito no fim do ano?

Covas - Nenhuma vinculação entre o calendário eleitoral e as decisões tomadas na pandemia. Aqui, todas as decisões foram tomadas com base na ciência. Na cidade de SP, nós temos metade dos óbitos da cidade como Nova York, sendo que a população de Nova York é de 8 milhões de pessoas e aqui é de 12,5 milhões. Eu acho q a prefeitura sai muito melhor do que entrou dessa grande crise.

GloboNews - O senhor estaria disposto a não ganhar a eleição como ônus de uma decisão que foi tomada?

Covas - Não tenha a menor dúvida. Eu não nasci e não vou morrer prefeito da cidade de SP. E não tem sentido enquanto prefeito não fazer aquilo que eu considero correto a ser feito.

Fonte: Globo News