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Qui, Abr

Alfabetização pelo ensino à distância

Notícias EAD

A alfabetização é um dos processos mais complexos e importantes da educação, mas tem sido dificultada pelo distanciamento social.

A alfabetização é um dos processos mais complexos e importantes da educação, mas tem sido dificultada pelo distanciamento social.

A alfabetização é um processo muito importante na formação das crianças, mas está sendo difícil durante a quarentena. As escolas têm adotado diferentes medidas e têm incentivado os pais a ajudar seus filhos a aprender, ler e escrever, já que é recomendado que as atividades de alfabetização sejam feitas com ajuda no momento.

Muitas medidas foram tomadas na tentativa de tornar esse processo mais fácil, tanto para os pais, quanto para as crianças. O MEC (Ministério da Educação), por exemplo, passou a oferecer gratuitamente um curso online para alfabetizadores, como professores, coordenadores pedagógicos, diretores escolares e assistentes de alfabetização, e também para os pais.

Na internet, também foram disponibilizados gratuitamente alguns jogos para auxiliar nesse processo, como "EduEdu - Alfabetização sem dificuldades!", "Languinis" e "Silabando".

Mineia Bitencourt, de 38 anos, mãe da Alice, de 5 anos, acha que o processo da alfabetização não é muito difícil, mas o que dificulta é o fato das crianças quererem ficar o tempo todo assistindo TV ou jogando videogames.

Fora isso, Mineia considera que a leitura de livros paradidáticos para a filha auxilia no aprendizado, já que agora a menina já consegue ler a capa dos livros e está aprendendo cada vez mais. A mãe de Alice também fez um quadro (como os da escola) para escrever a matéria estudada.

Desde o ínicio do ano, Alice tentava ler embalagens de produtos e coisas semelhantes, por isso, a mãe decidiu alfabetizá-la, mesmo seus colegas ainda não sabendo ler ou escrever. Outra coisa que a fez decidir alfabetizar a menina mais cedo foram as atitudes da escola, já que somente uma atividade era enviada por semana.

Mineia dá uma dica para os pais que estão com dificuldade em alfabetizar seu filhos no EAD: “Além de ter muita paciência, precisamos ter comprometimento e dedicação, já que as crianças sempre vão querer parar de estudar para se divertir.”

Patrícia Britto e Regiane Rossi, ambas professoras do primeiro ano do Colégio Luce Prima, nos contaram como fazem o planejamento das aulas online e atividades.

"Buscamos propostas que despertem o engajamento das crianças, que sejam divertidas e que tragam experiências de aprendizagens planejadas para essa série. Levamos em conta a necessidade de cada criança, com atividades individualizadas e que promovam a reflexão.

Realizamos propostas envolvendo os procedimentos de leitura, favorecendo a construção do comportamento leitor, bem como promovemos contextos significativos de escrita. Muitos alunos já se apropriaram da base alfabética, evidenciando que nossas escolhas didáticas foram as mais assertivas nesse período remoto.

Também observamos um avanço muito importante relacionado ao processo de construção da autonomia e do protagonismo do aluno".

Sobre os desafios do novo método de ensino, elas disseram que a maior dificuldade foi adaptar as sequências didáticas para a modalidade remota. Porém, elas também nos informaram que, "nesse novo momento em que vivemos, em que as crianças ficam mais tempo em frente ao computador, mesclamos propostas analógicas e digitais, como jogos, brincadeiras, atividades com situações do dia a dia, receitas, construções de artes e experimentos em família", um método que tem ajudado.

No início, o medo era se as crianças realmente aprenderiam, pois as relações "olho no olho" são fundamentais na proposta pedagógica do Colégio Luce Prima, já que era tudo muito novo para todos. Mas, com o decorrer dos meses, os alunos alcançaram muito além do que era esperado.

Também existia a preocupação e o cuidado em fazer com que as crianças se sentissem seguras frente aos desafios e pudessem tirar dúvidas e realizar o percurso de aprendizagem, mesmo longe da escola. Era importante que as famílias enxergassem o erro como parte do processo no ato de aprender.

Nessa faixa etária, é importante que os pais estejam por perto, na função de tutores, auxiliando na organização dos materiais para a realização dos momentos síncronos e assíncronos. Por outro lado, também é necessário dar autonomia para que as crianças possam realizar as propostas. Muitas vezes, os adultos, com vontade de ajudar, acabam se antecipando às crianças, e isso traz uma sensação de que o erro é ruim.

"Ao longo desse período, temos orientado as famílias a observarem os processos de ensino-aprendizagens que seus filhos estão vivenciando e temos certeza de que essa reflexão tem contribuído muito para o desenvolvimento das crianças e para a compreensão dos pais acerca do processo de aquisição da base alfabética", disse uma das professoras.

Com isso, podemos concluir que, atualmente, a adaptação dos alunos, professores e famílias é fundamental e que os métodos de ensino também devem se adaptar para o ensino remoto. Assim, as aulas podem continuar com a mesma efetividade de antes da pandemia.

Fonte: Meon