O presente trabalho analisa a importância da Educação à Distância - EaD - na formação das pessoas com deficiência. Relata-se um breve histórico da EaD no Brasil bem como o auxílio da tecnologia para a disseminação desta modalidade.
Resumo
A criação da lei em que as empresas devem cumprir cotas para contratação das pessoas com deficiência, abriu concorrência entre elas como consequência de objetivarem melhores lugares nesses concursos, além do desejo de estarem à altura das competências exigidas nos editais, tanto comparando-se com pessoas com deficiências como as que concorrem nos mesmos concursos e não têm deficiências, sentindo-se, assim, capacitadas para atuarem no mercado. O mesmo acontece com aquelas pessoas que, já estando contratadas desejam, por concurso interno, melhorarem suas posições dentro das empresas.
Por outro lado, a falta de acessibilidade que boa parte das instituições de ensino superior possue, é um incentivo para que, na existência de um ensino à distância minimamente acessível, que esteja oferecendo o curso desejado que gostariam de realizar, procurem a EaD como uma opção que lhes traz a comodidade de não precisarem sair de suas próprias casas.
A EaD, aliada à tecnologia qualifica esses novos profissionais para atuarem no mercado de trabalho e auxilia as empresas a empregarem pessoas mais preparadas para cumprirem suas tarefas.
Palavras-chave: EaD; Pessoas com deficiência; Tecnologia Educacional.
Esse fator influenciou e continua influenciando o crescimento do acesso à informação. Sendo assim, o desafio atual é transformar informação em conhecimento. Esse desafio se dá, porque com a pluralidade de recursos e inovações proporcionados pelas tecnologias digitais, o indivíduo encontra-se cercado de aparatos tecnológicos que causam interesse e, conseqüentemente, o uso dessas novidades passa a se intensificar. Emerge, então, a necessidade de um uso favorável à educação. SILVA e SILVA NETO (2008) p. 2.
O indivíduo está cercado pelas tecnologias e a informação chega a este com uma velocidade nunca antes imaginada. É preciso que o cidadão transforme esta informação em conhecimento e a educação tem este papel.
A EaD surge, então, como uma modalidade auxiliar, atendendo ao público que devido a correria do dia-a-dia não tem tempo de frequentar aulas presenciais diárias e até mesmo não está localizado na mesma região que uma instituição de ensino. Esta modalidade acaba por abranger um tipo de público que, devido às distâncias ou falta de acessibilidade nas instituições também passam a se aproveitar da EaD: as pessoas com deficiência.
As pessoas com deficiência fazem cursos que antes eram difíceis de serem iniciados e/ou concluídos devido à falta de estrutura física e às várias barreiras existentes para chegarem os prédios das instituições de ensino que, mesmo sendo legalmente obrigadas a disponibilizarem meios amigáveis de acesso e comunicação dentro de seus estabelecimentos, não se encontram preparadas para recebê-los.
Percebe-se que muitas mudanças são necessárias e emergentes, tais como criação de políticas públicas que viabilizem a aquisição de computadores e todos os recursos necessários para que as pessoas com deficiência consigam se qualificar sem ter que sair de suas casas. Por outro lado, temos de destacar que políticas públicas de acessibilidade para que essas universidades tenham uma educação inclusiva, que sejam em si mesmas acessíveis, já existem e que devem ser aplicadas para que essas pessoas possam enfrentar todos os obstáculos físicos e sociais existentes com mais comodidade.
As pessoas com deficiência há muito já vêm se especializando e fazendo cursos em entidades de ensino superior e até mesmo são professores em inúmeros desses cursos. Pessoas com deficiência podem se qualificar para serem aceitos e podem conseguir empregabilidade por meio de suas competências e não somente pelo fato de haver leis que garantam vagas por meio de cotas.
Nesse artigo, Em um primeiro momento, discuti-se e define o que é EaD e relata-se um breve histórico de seu surgimento e evolução no Brasil, com o objetivo de conhecer melhor e entender sua expansão com o uso das tecnologias.
Em um segundo momento, analisa-se a integração das pessoas com deficiência na educação e consequentemente a inclusão no mercado de trabalho. Apresenta-se exemplo de pessoas que superaram suas dificuldades, realizaram cursos por meio da EaD e conseguiram se empregar melhor no mundo dos negócios, devido à sua qualificação e não pelo fato de haver leis de cotas.
Porém, percebe-se que muitas mudanças são necessárias e emergentes, tais como criação de políticas públicas que viabilizem a aquisição de computadores e todos os recursos necessários para que as pessoas com deficiência consigam se qualificar sem ter que sair de suas casas. Por outro lado, temos de destacar que políticas públicas de acessibilidade para que essas universidades tenham uma educação inclusiva, que sejam em si mesmas acessíveis, já existem e que devem ser aplicadas para que essas pessoas possam enfrentar todos os obstáculos físicos e sociais com mais comodidade e menos sacrifícios.