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Qui, Abr

A Educação em Tempos de Web

Notícias EAD

A relação entre tecnologia e educação não se deu, porém, a partir da era digital. Do lápis, giz e quadro-negro às Tecnologias de Informação, percebemos a inter-relação entre educação e tecnologia.

Um caminho foi percorrido - do “Low Tech” ao “High Tech”. É o que nos mostra, em parte, o “Contínuo de Tapscott[1]”, que procura demonstrar a evolução tecnológica, indicando a movimentação das tecnologias de aprendizagem, que se movem do analógico ao digital, do broadcast às formas interativas. Percebe-se que a entrada dos meios digitais promoveu um grande salto educacional, partindo do mais rudimentar meio tecnológico digital, como as instruções assistidas por computador (tutoria pré-programada, jogos didáticos, que permitem um autocontrole do aluno, além de diversas formas de interatividade, como os fóruns de discussão), aos simuladores de realidade virtual, como o Second Life, voltado para o processo de ensino/aprendizagem, e que já vem sendo utilizado por algumas instituições de ensino.

Na sociedade atual, conhecida também como sociedade do conhecimento, não bastar educar para a “simples” utilização de ferramentas tecnológicas. Embora seja importante o manuseio adequado e a compreensão, são inúmeras as possibilidades oferecidas pelas tecnologias disponíveis. É preciso ir além de um uso correto de ferramentas. É necessário criar condições para que os educandos tornem-se criativos, investigadores, autônomos, conscientes de sua posição de sujeito e de seres coletivos dotados de flexibilidades.

Este é o perfil do indivíduo integrado na sociedade contemporânea; contudo, essas habilidades devem representar ampliações de suas capacidades humanas e não formatações às necessidades de formação profissional. Como criar essas condições com o uso de tecnologias?

Em primeiro lugar, é importante refletir sobre a necessidade da quebra de paradigmas dos educadores: rever a postura pedagógica, de forma que o professor mude seu papel de único transmissor de conhecimento e torne-se um mediador deste conhecimento, dando possibilidades aos seus alunos de tornarem-se sujeitos mais ativos e participativos dentro do processo de ensino/aprendizagem. Esse processo de revisão liga-se a um novo campo de estudo, a informática na educação, cujo conhecimento deve estar presente na formação dos professores. Assim, tanto se faz necessário que os professores recebam uma formação inicial sobre a utilização dos equipamentos tecnológicos voltados para a educação, como conheçam seu uso adequado e possam, além disso, aproveitar todo seu potencial em beneficio da educação.

Assim, o professor passa a ser parceiro, pois a aprendizagem aberta e autônoma da educação do futuro busca no processo de construção do conhecimento permitir que o aluno seja cada vez mais um sujeito autônomo.

Educar na sociedade digital significa pensar em novos paradigmas, pois a sociedade em rede apresenta uma complexidade e exigências antes não requeridas. O conceito clássico de sala de aula como espaço delimitado com interações presenciais entre professor e alunos, vai se tornando obsoleto; as distâncias físicas e o tempo vão sendo vencidos. As novas tecnologias alteram os antigos meios para obter informação, transformam o ambiente escolar, criam novas formas de aprendizagem. Sua incorporação aos ambientes educacionais provoca um processo de mudança contínuo e veloz. Caracterizada pela inovação constante, a informática conduz tais mudanças, seja para a criação de uma máquina mais potente e rápida ou para surgimento de um software mais atualizado, num processo auto-alimentador. Por isso é que podemos falar em “educação em tempos de web”.


[1]Don Tapscott, canadense formado em psicologia é o fundador da Alliance for Converging Technologies e da consultora New Paradigm Learning Corporation, estuda a transição para a segunda era da informação trabalha com o conceito de economia digital