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Ter, Maio

Udesc oferecerá curso de especialização a distância em Educação Inclusiva

A Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), por meio do Centro de Educação a Distância (Cead), oferecerá 50 vagas para a primeira turma gratuita da Especialização em Educação Inclusiva a partir de março do ano que vem.

A pós-graduação lato sensu a distância terá duração de três semestres

A pós-graduação lato sensu a distância terá duração de três semestres e as aulas serão ministradas na plataforma Moodle, com exceção das provas presenciais, que ocorrerão na Udesc Cead, em Florianópolis.

Alunos, docentes e profissionais de Educação de Santa Catarina terão duas linhas de pesquisa à escolha: Educação Inclusiva e Gestão; e Educação Inclusiva e Práticas Pedagógicas.

A primeira linha é indicada para o público que trabalha em empresas ou com gestão de ensino, como secretarias de Educação e escolas. Já a segunda opção é destinada aos profissionais que pretendem trabalhar com a parte prática do ensino em sala de aula.

Durante este semestre, os professores da universidade participarão de oficinas de temas como Libras (Língua brasileira de sinais) e tecnologia assistiva, área do conhecimento que engloba recursos para promover a qualidade de vida de pessoas com deficiência, e discutirão as temáticas.

Os conteúdos da especialização serão apresentados por docentes da Udesc Cead, com a participação de professores dos centros de Ciências Humanas e da Educação, de Artes, de Ciências Tecnológicas e de Ciências da Saúde e do Esporte. Também participarão professores de outros centros da Udesc, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e de instituições estrangeiras.

Trabalhar os espaços para todos
Aprovada pelo Conselho Universitário na sessão de 13 de julho, a especialização pretende apresentar uma perspectiva mais ampla da inclusão. "Devemos trabalhar para tornar os espaços, o mundo e o meio ambiente em que a gente vive inclusivos para todos, independentemente de quem seja o outro", destaca a professora Rose Clér Beche, da Udesc Cead.

Desde 2004, a rede municipal de Florianópolis inclui na escola regular alunos com algum tipo de deficiência, transtorno de espectro autista e superdotação. Atualmente, são 720 estudantes, além de 61 professores e 180 auxiliares de educação especial.

Mas não são apenas esses grupos que fazem parte da educação inclusiva. Questões de gênero, raciais, regionais e culturais e ligadas a pessoas com limitações físicas ou sensoriais entram na lista.

Além disso, há outras situações comuns que nem sempre são lembradas, como a de pessoas acima do peso que não conseguem passar na catraca do transporte público, a necessidade de usar muletas temporariamente ou a de uma criança que pode apresentar dificuldades de relacionamento após a separação dos pais.

"Pensamos numa proposta de educação inclusiva que abrangesse a população discriminada e excluída do processo escolar. Precisamos discutir se as condições da escola regular conseguem atender toda essa diversidade", explica a professora Cléia Demétrio Pereira, da Udesc Cead, que estuda a área de políticas educacionais voltada para os direitos humanos.

Segundo Cléia, é preciso criar um espaço de debate e estimular a formação inclusiva dos profissionais que atuarão no campo educacional, elaborando os conteúdos a partir da composição das turmas.

Fonte: Notícias do Dia (Florianópolis)