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Seg, Maio

Mulheres consolidam maioria no Ensino Superior no país

Notícias EAD

No mês de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) preparou uma série de matérias abordando diversos aspectos sobre a presença feminina no Ensino Superior e sua relação com outras temáticas. A primeira delas segue abaixo.

Em 2015, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já indicavam que o número de mulheres ingressantes no ensino superior brasileiro supera o de homens. No último ano do decênio, do total aproximado de 6 milhões de matrículas, 3,4 milhões foram de mulheres, contra 2,7 milhões de homens.

Numa perspectiva mais ampla, o percentual médio de ingresso de alunas até 2013, de acordo com o Inep, foi de 55% do total em cursos de graduação presenciais. Quando este recorte passa a considerar, exclusivamente, o número de concluintes durante o período, o índice sobe para 60%, comprovando a consolidação da presença feminina no Ensino Superior.

De modo semelhante ao cenário nacional, a força da mulher também pode ser facilmente verificada nas salas de aula e nos corredores da UEMS. Um levantamento feito junto à Diretoria de Registro Acadêmico da Universidade (DRA/UEMS) comprova, mediante a análise do total de matriculados em 2016, que as mulheres correspondem 3.938 de um total de 6.730 estudantes ingressantes no período. Os calouros homens somaram 2.792 no mesmo período.

As mulheres também são maioria na Educação a Distância (EAD), de acordo com o Instituto Educa Insights. A forte participação feminina nessa modalidade de cursos de graduação correspondeu a 67% dos matriculados no país em 2015, de acordo com o Instituto.

Dados da Diretoria de Ensino a Distância (DEAD) da Universidade Estadual constatam que as mulheres também são maioria nos cursos virtuais. O número de matriculados no curso de Administração Pública EaD, ofertado pela UEMS nos polos de Água Clara, Camapuã, Miranda e Bela Vista, por exemplo, tem atualmente 230 graduandos, dos quais 112 são mulheres, bem acima dos homens matriculados que somam 63.

Cenário é positivo, mas dificuldades ainda persistem

Embora a presença das mulheres no Ensino Superior seja realidade no Brasil, os desafios relacionados às questões de gênero no ambiente universitário ainda persistem. De um modo geral, há muitos aspectos a serem superados, como conjuntura tem se mostrado comuns no cotidiano das mulheres em diversos cursos de graduação.

Para Márcia de Medeiros, docente da UEMS, a questão de gênero no âmbito acadêmico precisa ser discutida à medida em práticas rotineiras tendem a reforçar em sala de aula, preconceitos de fora da Universidade, uma vez que o ambiente universitário é o reflexo da sociedade.

“As mulheres avançaram e são maioria no Ensino Superior. Os dados mostram isso. Mas os discursos machistas ainda são rotineiros e aparecem de onde menos esperamos. Muitas mulheres, por exemplo, defendem ideias e julgamentos baseados no machismo cotidiano, de modo que elas passam defender discursos sexistas tanto quanto os homens”, informa a docente.

Pesquisadora da temática de gênero, Márcia explica que, nesse sentido, o desafio a ser superado é a promoção, dentro da Universidade, de mecanismos que promovam a “desconstrução” desse pensamento e que amparem, efetivamente, o espaço conquistado pelas mulheres.

Fonte: Idest
Publicado em: 14/03/2016