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Dom, Maio

Projeto usa robô para ensinar geometria a crianças e adolescentes

Notícias EAD

Ferramenta pode integrar o método de estudos de alunos do ensino fundamental e médio.

Lançado em 2008, o robô autônomo NAO já provou que tem inteligência suficiente para assumir várias tarefas. Em um projeto de mestrado coordenado pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP São Carlos, professores e alunos fizeram testes com o robô humanoide após programá-lo para dar aulas de geometria. A pesquisa reuniu 62 adolescentes entre 13 e 14 anos de escolas em São Carlos.

O sistema de visão computacional do NAO permite que ele reconheça figuras geométricas planas e possa conduzir vários exercícios e desafios aos estudantes. O robô reage de maneiras diferentes de acordo com as respostas: em caso de acerto, as luzes dos olhos piscam em sinal de satisfação; se o aluno errar, ele abaixa a cabeça e seus olhos ficam vermelhos. Em cada exercício conduzido pela pesquisa, o robô poderia dar até duas dicas se o aluno não acertasse de primeira.

No final das atividades, foi feito um questionário para avaliar o desempenho dos alunos e os que participaram tiveram 84,61% de acertos, mais do que aqueles que não tiveram contato com o robô — 60% de acertos.

“Queremos descobrir novas maneiras de inserir tecnologia em sala de aula”, resumiu Roseli Romero, professora do ICMC e coordenadora do projeto. “A robótica pode ser uma boa alternativa para atrair mais a atenção dos estudantes, tanto do ensino fundamental como do médio.”

Durante os testes, Roseli percebeu que a presença do robô ajudou a manter o interesse dos estudantes e também criou um ambiente mais participativo, com maior interação social entre as crianças. O grupo de pesquisadores, que inclui alunos de iniciação científica, planeja expandir as pesquisas e incluir professores de cursos específicos, como pedagogia e psicologia.

“No Centro de Robótica, decidimos trabalhar com conceitos matemáticos, mas é fácil programar o robô para ensinar matérias como física, geografia ou português”, explicou. “Mas a ideia não é substituir o professor por um sistema de inteligência artificial: pensamos no NAO como uma nova ferramenta de ensino, que poderia complementar o aprendizado.”

Fonte: Galileu
Publicado em: 03/11/2016