Eles foram comprados há três anos, mas escolas têm conexões ruins. Segundo a Secretaria da Educação, não há prazo para melhorar a internet.
Tablets que foram distribuídos para os alunos da rede estadual de ensino, no noroeste do Paraná, estão praticamente sem uso. O motivo é a falta de conexão minimamente adequada à internet. Em boa parte dos colégios há conexão, mas ela não é suficiente para atender as salas de aula, onde ficam os alunos.
Os equipamentos foram comprados em 2013, com o objetivo de deixar as aulas mais atrativas e facilitar o aprendizado. Dos 11 colégios estaduais de Paranavaí, apenas dois conseguem usar os aparelhos e, ainda assim, de forma precária.
Para todo o estado, o investimento foi de R$ 62 milhões. Coube aos núcleos regionais de educação distribuir os aparelhos nas escolas. Em uma segunda etapa, o projeto previa a instalação de internet sem fio em todas as escolas beneficiadas.
"Hoje, nós temos uma internet aqui, mas é uma internet de pouco alcance. Ela é limitada à secretaria, à sala dos professores e algumas salas. As primeiras salas têm alcance. Depois das primeiras, fica difícil esse alcance", conta a diretora de um dos colégios da cidade, Luci Maria Dias Onório.
De acordo com Cleverson Cirino, do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, não há prazo para que o problema seja solucionado. De acordo com ele, já há um projeto em andamento, para avaliar a viabilidade do uso dos tablets. "É um estudo junto com a Secretaria Estadual de Educação e a Copel, que está trabalhando isso em uma escola piloto, com o intuito de melhorar a conectividade", diz.
A professora Mirella Meurer Teixeira, do Colégio Estadual de Paranavaí, encontrou um jeito de usar os tablets, em modo offline. "Eles são muitos aparelhos. E todos eles conectados à internet, a internet não aguentaria", diz.
Os tablets também foram distribuídos a professores. Para os docentes, o equipamento deveria ser usado como diário de classe, onde seria anotada a presença dos alunos em sala de aula e também as notas. No entanto, isso também fica difícil sem o uso da internet.
Fonte: G1
Publicado em: 30/11/2016