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05
Dom, Maio

Como o design thinking pode ajudar a inovar a educação?

Notícias EAD

O crescimento e a disseminação dos avanços tecnológicos colocam o paradigma professor x aluno x sala de aula em evidência quando falamos sobre como promover a inovação nas salas de aulas.

Com uma abordagem relacionada a inovação, criatividade e solução de problemas, o Design Thinking (DT) chega para atender as necessidades dessa discussão.

Para Andrea Filatro, designer instrucional especializada em EAD, o DT contribui para o desenvolvimento de novas formas de pensar. Maneiras mais adequadas ao que se espera das pessoas hoje e no futuro.

“As ideias, crenças e teorias do passado não funcionam mais no cenário contemporâneo. E não se espera mais que as pessoas reproduzam os conhecimentos e a forma de pensar do passado.”
A especialista em Inovação, Educação e Tecnologia Bruna Nunes disse ser importante que os conteúdos curriculares, muitas vezes abstratos, encontrem significado na realidade tanto de quem aprende como de quem ensina.

“Nesse sentido, o design busca associar o processo de aprendizagem com a prática cotidiana, dando sentido à busca pelo conhecimento. É um desafio para que professores e estudantes apliquem os conhecimentos aprendidos para gerar novos conhecimentos.”

Empatia e aprendizado colaborativo
Uma das características do DT é a abordagem centrada no ser humano. Tal abordagem ajuda a acelerar a inovação e resolver problemas a partir de diferentes ideias ou visões.

“A utilização do DT permite a construção de itinerários de aprendizagem colaborativos e empáticos por estudantes e professores”, relatou Bruna.
A especialista ressalta que a tecnologia digital sozinha não faz milagres. “Para ser eficaz, a tecnologia precisa estar associada a abordagens educacionais que lhe dê sentido pedagógico.”

Andrea defendeu a ideia de que inovação não é apenas o que acontece nos laboratórios científicos ou nos centros de pesquisas das grandes empresas internacionais.

“O DT oferece uma metodologia simples e de fácil compreensão. Dessa forma, não somos apenas consumidores de inovações, mas também criadores, que desenvolvem novas formas de pensar e de agir.”

Solução em cinco passos
Descoberta, interpretação, ideação, experimentação e evolução. São essas as cinco etapas trabalhadas no DT.

De acordo com Bruna, cada uma dessas fases se complementam. Embora possam ser usadas de maneira isolada ou recombinada, cada uma tem a sua importância quando aplicadas à educação.

A especialista defendeu, ainda, que se for analisado em linhas gerais, todo esse processo é, em suma, o próprio processo de aprendizagem.

No livro “Design Thinking em educação”, lançado este ano pela editora Saraiva, Andrea e a professora Carolina Costa trabalham quatro, das cinco etapas.

“Cada etapa tem uma função específica na abordagem. Primeiro os alunos vão a campo para entender as pessoas envolvidas no problema e o contexto no qual estão inseridas. A partir daí seguem para a geração de ideias e, então, prototipam esse pensamento. Ou seja, criam representações visuais.”

Alunos responsáveis pela construção do aprendizado
Trabalhar no desenvolvimento de alunos protagonistas é um desafio diário para as instituições de ensino. Andrea enfatizou que ao serem desafiados a entender um problema educacional e então criar, prototipar e testar uma solução para esse problema, os alunos têm a oportunidade de articular teoria e prática.

Dessa forma, confrontam o que aprendem nos livros e nas atividades em sala de aula com o que acontece no “mundo real”. Seja nas relações sociais, políticas, culturais, seja no ambiente de trabalho.

O planejamento de aulas interdisciplinares associando o DT a outras metodologias ativas é um exemplo de como os educadores podem utilizar essa abordagem em sala de aula.

Bruna destacou também a aplicação do DT para estimular o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de habilidades e competências, através de uma prática pedagógica dialogada.

“O Design Thinking proporciona um ambiente tranquilo e seguro, porém desafiante, em que professores e professoras tem a missão de guiar os jovens pelo caminho do aprender.”

Fonte: Inoveduc