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04
Sáb, Maio

Base do ensino a distância no Brasil, pós-graduação atrai alunos "com pressa"

Notícias EAD

Formados, profissionais brasileiros se deparam com portas ainda fechadas no mercado de trabalho.

Após graduados, os profissionais brasileiros costumam sair ao mercado em busca de uma colocação adequada ao período dedicado aos estudos. No entanto, é cada vez mais comum a universidade não significar a tão esperada posição, e, assim, a busca continua, agora por uma especialização.

Brevemente, essa é a história da maior parte dos recém-formados nos últimos anos. Foi o caso do jornalista Omar Bodgan: com a universidade concluída em 2011, ele acreditou que só precisava bater na porta dos veículos de comunicação que, com o diploma, seria contratado. “Foi um engano, porque comecei a perceber que estava competindo com pessoas que falavam outras línguas, que eram especialistas em algum assunto, que já tinham trabalhado no exterior”, conta.

A solução foi se matricular em uma pós-graduação a distância em marketing, concluída no meio deste ano, quando ele já estava empregado em uma agência. “Foi um diferencial”, revela.

A situação dele é a mesma da maioria dos alunos dessa modalidade de curso hoje no país, como revela o último censo da Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED). Segundo o documento, a categoria de especialização lato sensu é a que possui mais ofertas de cursos: são 1.098 grades totalmente à distância.

Em relação a alunos matriculados, no entanto, a modalidade de pós-graduação fica atrás apenas dos que estão cursando uma graduação a distância: hoje, são cerca de 135 mil graduandos em licenciatura e 49 mil pós-graduandos lato sensu.

“Isso se explica pelo fato de os cursos de especialização terem uma variedade muito maior do que as licenciaturas ou os cursos para tecnólogos; portanto, atraem um público mais específico e menor”, explica Benhur Etelberto Gaio, reitor da Uninter e relator do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Os dados do ABED ainda indicam que a maioria das pessoas que buscam pós-graduação estão na área de atuação de Omar: as ciências humanas. Hoje, a maioria dos cursos lato sensu a distância estão nelas inseridos: 250. Em seguida, são cursos de ciências sociais aplicadas (218), ciências exatas e da Terra (117) e Turismo e Lazer (97). São 61 mil alunos cursando alguma pós em ciências humanas, outros 58 mil em ciências sociais aplicadas e 16 mil em ciências da Terra.

“A maior concentração de alunos está nos cursos que oferecem oportunidades de ingresso em novas profissões que exigem formação: os cursos tecnológicos, de licenciatura e iniciação profissional são aqueles com mais alunos em cursos a distância no Brasil”, finaliza Gaio.

Agora empregado, Omar Bodgan já se decidiu: vai cursar outra pós-graduação a distância na área para ficar ainda mais competitivo no mercado. “Já tem algumas coisas que poderiam fazer parte de uma pós dentro da pós que eu fiz. A área de comunicação é muito dinâmica”, finaliza.

Fonte: Diário de Goias