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Sex, Maio

Alunos usam celular para produzir filmes e discutir cultura local

Notícias EAD

Professora do Macapá (AP) conta como trabalhou com dispositivos móveis para explorar a linguagem das imagens e narrar diferentes os pontos de vista.

por Nilva Oliveira dos Santos 20 de junho de 2018

O celular é um recurso tecnológico presente na vida do estudante. Por meio do projeto educativo “Olhou, Clicou, Gravou! Olhares Audiovisuais Coletivos”, realizamos vivências cidadãs com o universo audiovisual, explorando a linguagem das imagens e narrando os pontos de vista por meio do uso de dispositivos móveis na Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, em Macapá (AP).

Assim, produzimos narrativas por meio de fotografias e vídeos de curtíssima duração. Trabalhamos com produções no formato “de bolso”, que permitem a experimentação de aprendizagens dentro e fora da escola, em comunidades rurais inclusive. Além disso, por meio do projeto, procuramos desenvolver em jovens e adolescentes uma série de competências e habilidades, como o uso de diversas linguagens, a criatividade, a colaboração, o diálogo e a negociação entre pontos de vistas divergentes.

Para começar o projeto, apresentamos os aspectos funcionais na hora de tirar fotografias com celular e fazer vídeos. Em seguida, mostramos diversos exemplos de planos fotográficos e falamos sobre os conceitos de longa, média, curta e curtíssima metragem, além dos planos de filmagem e elaboração de roteiros.

Depois de tratar os aspectos funcionais, apresentamos a proposta de duas atividades específicas: Educação Não Tem Cor e Recursos Hídricos de Macapá. Na primeira, os estudantes fizeram fotos semelhantes ao projeto estético Pantone, da artista Angélica Dass, em que eles tiraram fotos de diversos braços humanos e organizaram uma exposição.

Na outra atividade, os alunos foram convidados a refletir acerca da forma como tratamos os recursos hídricos. Fizemos uma visita na Orla de Macapá e fotografamos diversos ângulos o Rio Amazonas, com objetivo de trabalhar a fotografia jornalística e a narrativa crítica por imagens.

À medida que contextualizamos o conhecimento, os estudantes começaram a se transformar em produtores dos próprios recursos de aprendizagem e criaram um forte sentimento de pertencimento ao lugar em que estavam inseridos. Vale ressaltar que de acordo com os aspectos pedagógicos, fotografias e vídeo de bolso servem de recurso para a construção de narrativas, conhecimentos e relações dialógicas entre todos os atores envolvidos com o ensino-aprendizagem.

De imediato, o projeto está gerando impacto no público escolar, com jovens incentivados a produzirem narrativas visuais, seja com fotografias ou filmes. Além de aprenderem o básico desses enredos narrativos, a médio prazo novos grupos de pessoas receberão os conhecimentos e experiências fílmicas.

Além da capital, outros municípios serão abrangidos com o projeto, de modo a fomentar as narrativas sob olhares locais, incentivando a cultura e a história do Amapá. Por meio de videoconferências, iremos compartilhar experiências e apresentar os resultados deste trabalho durante o CIET: ENPED 2018 – Congresso Internacional de Educação e Tecnologias, que acontece na Universidade de São Carlos (UFScar), em São Paulo, de forma a projetar internacionalmente o estado do Amapá.

Fonte: Porvir