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Projeto leva pensamento computacional e robótica para escolas públicas de São Paulo

Notícias EAD

Qualcomm, Grupo +Unidos e Secretaria Estadual de Educação anunciam parceria que irá incluir atividades de letramento digital no currículo de dez escolas da rede.

por Marina Lopes 5 de julho de 2018

A partir do segundo semestre de 2018, as aulas de pensamento computacional e robótica serão integradas ao currículo de dez escolas da rede estadual de São Paulo. A ação faz parte do projeto RoboLab – Conectando a Educação ao Futuro, iniciativa que leva aulas e oficinas de letramento digital para alunos do ensino fundamental e médio. Anunciado nesta quinta-feira (5), o piloto é resultado de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Educação, a empresa de tecnologia Qualcomm e o Grupo +Unidos.

Para incentivar que as escolas trabalhem computação de forma alinhada ao currículo escolar, o projeto irá formar professores de diferentes áreas de conhecimento e equipar todas as unidades com um laboratório de robótica, incluindo dispositivos e ferramentas conectadas à banda larga móvel da rede 4G.

As instituições de ensino selecionadas para participar do projeto piloto estão na região sul da capital paulista. São elas as escolas estaduais: Emanoel Alves de Araújo, Dr. Carlos Augusto de Freitas Villalva Jr., Professora Heloisa Carneiro, Pastor Waldemar Rodrigues da Silva, Doutor Clóvis de Oliveira, Santo Dias da Silva, Professora Maria Juvenal Homem de Mello, Paulino Nunes Esposo, Professor José Duarte Júnior e Mário Lopes Leão.

As primeiras oficinas e encontros de formação de professores começaram a acontecer em junho. Até o fim do ano, enquanto participam de formações, os professores indicados por essas escolas irão desenvolver 12 oficinas, em que serão tratados temas como introdução ao pensamento computacional, Arduino, elétrica e eletrônica básica, robótica e design thinking. Em novembro, os alunos também têm a chance de participar de uma competição que irá premiar os projetos de robótica desenvolvidos durante os encontros e atividades do RoboLab. “A ideia é que os cursos aconteçam durante o turno regular para complementar o aprendizado de outras matérias”, destaca Jaqueline Lee, diretora de marketing da Qualcomm.

O projeto de levar atividades de letramento digital para as escolas, conforme avalia Liliane Costa, diretora do Centro de Estudo de Tecnologias da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, está alinhado com as dez competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). “Está bem articulado para pensar como a tecnologia entra no dia a dia da escola sem ser um conteúdo a parte. O professor consegue trabalhar o que ele precisa desenvolver ao longo dos dias letivos, articulando isso com a programação. Ele pode pensar em uma solução para um problema da escola”, exemplifica.

Durante o anúncio da parceria, Rafael Steinhauser, vice-presidente sênior e presidente da Qualcomm para América Latina, também afirmou que a iniciativa contribui para que crianças e adolescentes desenvolvam competências importantes para a vida no século 21. Além disso, ele menciona que é fundamental levar projetos como esse para a escola pública para utilizar a tecnologia como um instrumento para promover a equidade. “Se para os alunos do ensino público eu não der as mesmas ferramentas e contextos que os meninos do ensino privado têm, não só ampliamos o desafio, mas também contribuímos com o desequilíbrio e desigualdade no Brasil.”

Para o secretário estadual de educação João Cury Neto, a iniciativa também pode ser uma forma de dialogar com os interesses dos estudantes. “Isso vem ao encontro do que os nossos alunos esperam da escola pública. Em uma pesquisa em que ouvimos os alunos, eles dizem sem constrangimento que a escola atual é chata, não faz sentido”, afirma. Em fase inicial, o projeto depende do impacto nas dez escolas que participam do piloto para que seja expandido gradualmente para toda rede.

Fonte: Porvir