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02
Qui, Maio

Alguns motivos para apostar na educação a distância

Notícias EAD

De acordo com o Censo da Educação Superior de 2016, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), enquanto o ensino presencial teve queda anual de 0,08% nas matrículas, o Ensino a Distância (EaD) teve expansão de 7,2%.

O cenário explica porque algumas características da EaD acabam por chamar a atenção diante das adversidades econômicas e sociais. Uma das primeiras é o valor das mensalidades. Temos cursos de 200, 300 ou 400 reais sendo oferecidos. Sem entrar no mérito da qualidade, sem dúvida estes preços exercem forte atratividade em grande parcela da população que não consegue pagar altas mensalidades ou não passam nos processos seletivos das universidades públicas. Outro elemento é a flexibilidade de horário, o que para muitos acaba se tornando a sua maior armadilha. Mas, na EaD o aluno faz a administração do seu próprio tempo e local de estudo. Ideal para quem não tem disponibilidade por fatores diversos. Por fim, podemos mencionar também que a modalidade se faz viável em localidades por meio dos Polos presenciais. Essa metodologia alcança regiões afastadas dos grandes centros urbanos, principalmente se levarmos em conta que o Brasil possui dimensões continentais.

De acordo com estudo realizado pela Sagah, empresa desenvolvedora de conteúdo e tecnologia para EaD, a previsão é de que, em 2023, o ensino superior a distância já corresponderá a 51% do mercado. Para visualizar uma projeção para este mercado nos próximos anos é preciso pensar em muitos fatores. Quando falamos em mercado, geralmente pensamos nos detentores dos meios de produção. No entanto, é importante pensar num todo, tanto a massa trabalhadora quanto o capital privado. Estamos vivendo um momento de mudança de paradigma do trabalhador assalariado. As grandes esteiras de produção do mundo industrial e o trabalho repetitivo, quase mecanizado, estão sendo substituídos por robôs, máquinas eletrônicas e programas de computadores. Isso exigirá um novo perfil do cidadão e também uma nova forma de se pensar em educação. A autonomia, disciplina pessoal, criatividade, capacidade de solucionar problemas, espírito colaborativo são cada vez mais essenciais. Elementos esses fortemente presentes na EaD. Logo, o mercado, pensando em ambos os lados, espera uma formação rápida, eficiente e que atenda suas necessidades pessoais e profissionais. Uma formação que prepare o sujeito num aspecto crítico e autônomo, mas também técnico.

Tomando a minha experiência no Mackenzie, é possível entender e identificar o perfil dos alunos que buscam o EaD como primeira opção. As instituições de ensino superior (IES) mais conhecidas na modalidade de educação a distância trabalham numa perspectiva de escala. Para atender a um grande número de alunos a preços baixos, o material utilizado é produzido em larga escala e as atividades são automatizadas, com exercícios de múltipla escolha corrigidos por computador. O Mackenzie tem adotado uma linha pedagógica que privilegia a experiência do aluno no processo de ensino-aprendizagem. As disciplinas têm por professores os mesmos docentes dos cursos presenciais – e não tutores – que participam ativamente com os alunos, corrigindo atividades dissertativas, mediando fóruns de debate, abrindo chats para discussões síncronas, etc. Obviamente, as turmas precisam ser menores para esse atendimento. Também os encontros nos Polos presenciais são mais frequentes e não apenas para a realização das provas finais. Essa metodologia acaba por diferenciar a EaD da Instituição do que tem sido tradicionalmente ofertado.

Sergio Ribeiro Santos é Coordenador dos Cursos de Licenciatura em História e Geografia (EaD) e Coordenador Adjunto da Licenciatura em Pedagogia (EaD) da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Fonte: Segs