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02
Qui, Maio

Com 50 mil alunos, Univesp reforça inclusão com ensino a distância

Notícias EAD

De acordo com dados do Inep, o ensino presencial teve queda anual de 0,08% nas matrículas, enquanto o a distância teve expansão de 7,2%.

“É uma ferramenta que, se bem utilizada, pode render bons frutos. Para mim, rendeu”, diz Adam Douglas Sebastião, de 31 anos, estudante de Biologia na Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) sobre o ensino a distância. Considerada como a maior instituição da América Latina de EaD, a universidade passou de 2.500 alunos para 50 mil em três anos, reduzindo a desigualdade social no Estado.

Formado no ensino fundamental em escola pública e ensino médio em particular, Sebastião ingressou, aos 17 anos, em Engenharia Ambiental na Unifei (Universidade Federal de Itajubá), em Minas Gerais. Anos depois, recebeu uma mensagem de sua noiva dizendo que poderia realizar o seu sonho. “Ela tinha recebido um e-mail comunicando sobre a abertura do curso de biologia da Univesp”, lembra. “E ser professor sempre foi um sonho meu.”

Não pensou duas vezes e se inscreveu. Terminou recentemente o estágio e agora aguarda o processo da entrega de diploma da universidade. “Já fiz contato com pessoas da área e sei que há um mercado interessante e bem amplo em que eu posso atuar”, diz.

“A educação a distância é, acima de tudo, democrática”, diz a presidente, Fernanda Gouveia. “Ela é para todos”, argumenta. No primeiro semestre de 2015, a universidade tinha 2.500 alunos. No mesmo período do ano seguinte, mais 500. Já nos primeiros seis meses de 2017, quando foi dado o processo de expansão, 16.600. Até agosto de 2018, a Univesp contava com 50 mil alunos matriculados.

Segundo o Censo da Educação Superior de 2016, feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o ensino presencial teve queda anual de 0,08% nas matrículas, enquanto o a distância teve expansão de 7,2%.

Com licenciaturas em química, física, matemática, biologia e pedagogia, engenharia de produção e computação e tecnologia em gestão pública, a Univesp possui um custo mensal de R$ 100 per capita por aluno. “A ideia é expandir cada vez mais a educação e o ensino a distância é o futuro”, diz a presidente.

“Em um mundo globalizado, a educação a distância é um passo que vai ser cada vez mais dado por instituições de ensino, isso porque é flexível”, conta. “É possível conciliar com o trabalho, com obrigações do lar, entre outras coisas”, explica. “Por isso, um número tão alto de alunos.”

Vestibular nunca mais?

No momento, o aluno precisa se inscrever no vestibular da Vunesp (mesma organizadora do certame da Unesp) para entrar na instituição.

Para o próximo ano, Gouveia acredita que o número de alunos será ainda maior. Isso porque o vestibular não irá mais existir. A medida faz parte do plano de expansão do governo, que quer educação para todos — o estudo está, atualmente, em análise pela equipe jurídica da universidade.

Gouveia esclarece que todo aluno que saia do ensino médio público terá uma vaga, além de a própria universidade colocar em prática a expansão de seu ensino. Hoje, a Univesp conta com 330 unidades, distribuídas em 287 municípios. Na capital paulista, por exemplo, há 34. “É preciso que as prefeituras manifestem interesse também”, alerta.

Fonte: R7