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Sáb, Maio

Explodem cursos preparatórios a distância para candidatos do ENEM

Notícias EAD

Pesquisa da Associação Brasileira de Ensino a Distância mostra que oferta de cursos foi de oito para mais de mil em um ano.

Uma pesquisa publicada pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed) no final de outubro mostrou que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) abriu um novo flanco no mercado de cursos EAD: os que prometem preparar os estudantes brasileiros para a prova que dá acesso às universidades públicas do país.

Segundo a Abed, em 2016 existiam oito cursos livres a distância que ofereciam conteúdo de preparação para o ENEM ou vestibulares. No ano seguinte, período de referência para a pesquisa publicada em outubro, eles explodiram: foram 1.130.

Para a entidade, a expansão ajudou a crescer também o número de alunos de cursos livres não corporativos na modalidade EAD, que atingiram a marca de 3,83 milhões de alunos no Brasil em 2017 – é o carro-chefe desse mercado atualmente.

Os cursos livres não corporativos também são os que possuem a maior oferta de grades no país: são 16,5 mil possibilidades de estudo, contra 5,5 mil de cursos corporativos e 4,5 mil de programas a distância.

Segundo Gabriel da Hora, de 19 anos, que está na segunda tentativa de conseguir uma pontuação no ENEM para ingressar na universidade e que está se preparando a distância, a opção lhe agradou pelos custos. "É muito mais barato do que fazer um cursinho pré-vestibular e, pelo que eu vejo dos meus amigos, o conteúdo é o mesmo", comenta.

Ele, no entanto, admite que o candidato precisa estar atento para algumas questões que envolvem o estudo por conta. "É preciso ter disciplina para estudar um período específico de horas, acessar tudo o que é oferecido e ir até além, como ler jornais, por exemplo, porque a redação do ENEM reprova muito", completa.

Os custos baixos dos cursos EAD são um dos principais fatores para o crescimento de matrículas nesta modalidade no ano passado, salienta a vice-presidente da Abed, Vani Kenski. "O ensino a distância hoje é a opção educacional de mais baixo custo para os estudantes", explica.

De acordo com ela, uma das possíveis causas dos valores mais baixos dos cursos EAD é que o oferecimento das mesmas aulas – conteúdos e atividades – em grande escala torna a produção mais barata, o que se reflete nos custos operacionais e, por consequência, nas mensalidades. Além disso, a maior concorrência entre as instituições de ensino superior (IES) que já atuam em EAD. "Elas se expandiram nos últimos tempos e se apresentam como opções de formação em nível superior nos mais diversos espaços brasileiros", finaliza.

Fonte: Segs