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Sex, Maio

Como as EdTechs estão revolucionando a educação em 4 pontos

Notícias EAD

Os EdTechs são projetadas para facilitar o aprendizado e melhorar o desempenho do aluno por meio do uso e gestão de processos e recursos de tecnologia apropriados.

As EdTechs, abreviação de “educational technologies”, ou tecnologias educacionais em português, conta atualmente com uma presença que vai além dos computadores pessoais e de ofertas de MOOCs por parte de universidades. Na realidade, este novo setor – que, de acordo com o fórum EdTechXGlobal e a empresa de investimentos Ibis Capital valerá mais de US$ 250 bilhões a nível global até o ano de 2020 – está proporcionando uma verdadeira revolução na educação tradicional, tanto no modo como aprendemos quanto como ensinamos. Os avanços tecnológicos estão permitindo cada vez mais que dispositivos como laptops, tablets e smartphones sejam aceitos como ferramentas aliadas à aprendizagem, ao contrário da visão que essas tecnologias ofereciam distrações ao longo dos últimos anos.

Os EdTechs são projetadas para facilitar o aprendizado e melhorar o desempenho do aluno por meio do uso e gestão de processos e recursos de tecnologia apropriados. A própria Udemy é um exemplo do modo disruptivo com qual lidamos com a educação no fim desta década atual, pois permite que qualquer pessoa venha a desenvolver cursos sem levar em conta onde eles estudaram ou lecionaram anteriormente, permitindo que o mercado determine o valor daquele conteúdo e focando muito mais em habilidades do que certificados formais. Isso, de poder estudar onde quer que esteja, em contato direto com um instrutor a meio mundo de distância, era inimaginável na virada do milênio, por exemplo, e acompanha os anseios e costumes das novas gerações, que já nascem habituadas às telas.

O aumento no que diz respeito à oferta tecnológica equivale ao aumento do uso de ferramentas digitais nas salas de aula, sejam elas reais ou virtuais. Os desafios, hoje, são outros: saber lidar com uma mínima interação com o professor ou conseguir organizar o tempo para começar e concluir uma atividade online são hoje os obstáculos de quem opta por aprender com base nas tecnologias, como através de cursos online, por exemplo. Mesmo assim, a tecnologia digital em geral aprimorou o futuro do aprendizado e permitiu que estudantes e educadores de todo o mundo trabalhassem juntos, disseminassem conhecimento e aumentassem as oportunidades de aprendizado para todos. A seguir, elenco quatro aspectos da educação que passaram, e ainda estão passando, por profundas mudanças face esta nova realidade de ensino e aprendizado:

1. Democratiza o ensino acadêmico e o treinamento profissional
As EdTechs compõem um setor inovador que possui uma grande variedade de mídias que nos permitem personalizar ou socializar o conhecimento, para que os indivíduos sejam expostos em tempo integral e com cada vez mais canais de fácil identificação e absorção, o que estimula um ambiente dinâmico tanto para o ensino quanto para a aprendizagem.

Por muito tempo, o aprendizado de temas acadêmicos específicos ou treinamentos profissionais foram um privilégio que nem todos tinham condições para desfrutar, especialmente devido aos altos custos da educação tradicional. A democratização do acesso à qualidade e à capacitação torna-se, assim, uma das principais vantagens das tecnologias educacionais, especialmente no Brasil onde o acesso aos conteúdos deste tipo são difíceis e caros.

Falar dessa democratização ou disseminação do conhecimento, deve muito à natureza descentralizada da internet, onde não se pode distinguir entre quem são os produtores e os consumidores de tal conteúdo – ou seja, temos acesso ao conhecimento de outras pessoas e, ao mesmo tempo, podemos compartilhar os nossos.

Nesse sentido, vale destacar ainda a mudança do foco de conteúdo para habilidades: a aprendizagem não é mais apenas uma questão de acesso ao conhecimento ou assimilação de conteúdos teóricos, mas sim de poder adquirir competências aplicáveis ??no mundo digital. Assim, mercado de trabalho do Século 21, o sucesso profissional nem sempre exigirá um diploma universitário – fatores como a vontade de desenvolver habilidades e competências constantes entrarão em ação.

2. Garante mais interatividade e uso das tecnologias atuais
Os smartphones, e mais recentemente os tablets, têm desempenhado um grande papel no que diz respeito à revolução no sistema educacional, pois são a partir deles que conteúdos podem ser acessados a qualquer hora, de qualquer lugar. Da mesma forma, a interação entre as partes se torna mais fácil e rápida, já que um aluno no Brasil pode conversar em tempo-real com um instrutor baseado do outro lado do planeta, assim como com seus colegas de sala virtual.

Uma combinação do aumento súbito da disponibilidade de cursos e programas on-line e da ampla disponibilidade de ferramentas e livros na internet torna possível estudar apenas a partir do seu celular, por exemplo: basta abrir o curso, conectar seus fones de ouvido e acompanhar o conteúdo e as discussões na sala de aula – plataformas como a Udemy, inclusive, permitem que vídeos sejam baixados para serem assistidos depois, mesmo offline. Quer esteja usando os transportes públicos para ir ao trabalho ou voltar para casa, quer esteja viajando ou apenas com preguiça de levantar da cama, é possível se conectar instantaneamente ao mundo educacional.

3. Aumenta a colaboração entre professores e alunos
A colaboração também está aumentando neste modelo: os professores não precisam mais ensinar para uma turma desinteressada. Graças à tecnologia e sua conectividade, os professores podem colaborar a níveis de conteúdo e métodos de ensino, por exemplo, podendo fazer parte de uma comunidade orgânica onde é fácil se comunicar uns com os outros para fazer experiências transversais que solidifiquem o aprendizado dos alunos e encontrem experiências que ajudem seus alunos em situações reais. Isso também significa que eles podem oferecer aos seus alunos oportunidades de aprender com os outros, mesmo que de diferentes culturas e localizações geográficas. Os professores tornam-se facilitadores das experiências dos alunos, por assim dizer, ao mesmo tempo em que podem dedicar mais tempo às oportunidades de educação continuada, que também estão disponíveis online.

Através da Internet, alunos também podem se conectar mais do que nunca. As novas salas de aula podem ser compostas por estudantes de todos os continentes, o que aumenta a diversidade de formas de pensar e contribui para discussões e projetos em grupo. Dentro e fora da sala de aula, esses alunos ainda podem trabalhar juntos e trocar ideias através de plataformas específicas para isso. Isso fez com que professores incentivem e montem turmas que inspiram e às vezes exigem discussões entre colegas.

4. O conteúdo em si está mudando
Quando o Google ou o Wikipedia têm as respostas para quaisquer dúvidas, o papel das ciências sociais ou biológicas, por exemplo, não é mais apenas de ensinar teorias e práticas, mas também de ensinar habilidades de pesquisa, alfabetização midiática e viés de identificação acadêmica. Os alunos não estão mais ali apenas para decorar o conteúdo, mas sim para aprender a como chegar naquela conclusão, aliando-se às formas corretas de pesquisa.

Ter atenção ao que os alunos lêem e assistem na sala de aula é uma ótima maneira de demonstrar exemplos enquanto ainda exibe conteúdo adequado, incentivando o debate de ideias e o pensamento crítico. Isso vai além de simplesmente ensinar habilidades de pesquisa em um banco de dados – dá toda uma base para adquirir novos conhecimentos. E é isso que a nova geração precisa: não apenas de conteúdo, mas de um conteúdo com uma boa curadoria e apresentação. E isso, a internet faz bem!

Fonte: Administradores | Sérgio Agudo