O ensino a distância cresce de forma acelerada no Brasil. As novas tecnologias, a facilidade de acesso e a flexibilidade de tempo são alguns dos atributos que mais atraem os estudantes, sem contar a mensalidade, geralmente mais baixa do que os cursos presenciais. E quem teve um enorme salto nos últimos anos foram os cursos de licenciatura EaD, ofertados pelas universidades privadas de todo o país.
De acordo com o livro “Professores do Brasil: Novos Cenários de Formação”, lançado pela Fundação Carlos Chagas em parceria com a Unesco, o número de matrículas de cursos de licenciatura nessa modalidade cresceu mais de 1.500% nas universidades particulares entre os anos de 2005 e 2016. Em uma década, o número de alunos cresceu de 34,9 mil para 559,6 mil. O curso de pedagogia ead foi a licenciatura com a maior expansão: de 1.900 em 2005 para 354 mil alunos em 2016, um aumento de 17.735%.
Em 2016, foram registradas 944,7 mil matrículas nas áreas de licenciatura nas universidades particulares. Dessas, 36,6% eram para a modalidade de ensino a distância. Nas universidades públicas, a representação é radicalmente menor. De um total de 500 mil matrículas, apenas 5,4% são para a formação EaD. Apesar desses dados, o estudo destaca que a oferta nas instituições particulares de ensino não foi acompanhada pela contratação de mais professores.
Por um lado, esses novos cursos universalizaram o acesso à educação de nível superior para muitos estudantes afastados de centros urbanos. Mas a explosão de cursos de licenciatura, principalmente de pedagogia, não significa que a boa qualidade de formação dos professores seguiu a mesma curva ascendente. Na visão das autoras do estudo, ocorreu justamente o contrário. “Está sendo feita uma formação muito superficial para esses professores e os próprios currículos do curso de pedagogia têm tratado muito mal a formação dos professores para os anos iniciais, principalmente para a educação infantil”, afirma Elba Siqueira de Sá Barreto, uma das autoras do livro.
Dicas para escolher um bom curso EaD
Antes de escolher uma graduação a distância, é necessário saber se o curso possui autorização do Ministério da Educação (MEC). Alguns dos indicadores que devem ser avaliados são o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Conceito Enade. Todos eles são disponibilizados pelo MEC no site emec.mec.gov.br/.
Essa validação é fundamental para garantir boas condições aos estudantes, mas não é o único critério. Assim como na escolha de um curso presencial, o estudante deve buscar avaliações de alunos que já estudaram na instituição de ensino para saber se ela cumpre o que promete.
Avalie a grade curricular, procure saber quem são os professores e descubra qual a reputação da universidade. Também se informe sobre os recursos, como videoaulas, acesso a bibliotecas digitais, fóruns de estudo e possibilidade de tirar dúvidas com os tutores. Se o curso a distância exige uma determinada carga horária prática, é imprescindível que a universidade tenha uma boa infraestrutura.
Fonte: Divulgação
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