Trata-se da primeira avaliação formal dos cursos virtuais no Brasil.
O ensino a distância teve uma grande expansão nos últimos anos, sobretudo com a maior flexibilização da legislação nacional para a criação de novos polos EaD. De acordo com o Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram cerca de 1,8 milhão de matrículas na modalidade só no ano de 2017 -- 21,2% do total em todo o ensino superior no país. Mas, até agora, não existia um ranking para avaliar os cursos exclusivamente virtuais.
O EaD Ranking foi feito pelo Canvas em parceria com a Rede Rankintacs, a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e o Grupo Gestão RH, para facilitar a escolha pelos milhares de cursos EaD existentes no país. O ranking leva em conta metodologias tradicionais usadas pelos rankings das universidades, com quatro indicadores para avaliar cada aspecto do ensino a distância. São eles:
Avaliação de Colegas (40%): Avaliação feita por tutores e coordenadores de cursos;
Proporção Tutor/Aluno (20%): Pontuação baseada na quantidade de alunos por tutor em sala de aula;
Impacto no Mercado de Trabalho (20%): Pontuação baseada na popularidade do curso entre empregadores;
Capacidade Tecnológica (20%): Pontuação baseada na efetividade dos recursos tecnológicos disponibilizados pelo curso.
A avaliação conta com mais de 200 cursos em diferentes níveis e áreas do conhecimento, como administração de empresas, letras, ciências agrícolas, ciência aeronáutica, coaching de desenvolvimento profissional e muitos outros. “Com o EAD Ranking, nos aproximamos da comunidade de ensino a distância e buscamos avaliações e indicadores diferenciados que nos ajudem a atuar no segmento de forma mais efetiva e colaborativa”, afirma o presidente da ABED, Fredric Litto.
O ranking servirá de instrumento para a comunidade saber quais aspectos são valorizados e quais precisam ser melhorados. Dessa forma, a ABED poderá orientar ações mais assertivas para expandir ainda mais a modalidade no país, que já possui índices impressionantes. Dados da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) indicam que, nesse ritmo, até 2023, o número de alunos no ensino a distância será maior do que o número de alunos matriculados em cursos presenciais de universidades privadas.
Fonte: Divulgação
