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Qui, Maio

Mulheres na Ciência em universidades paulistas celebram aumento da presença feminina na área

Notícias EAD

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) marcava o dia 11 de fevereiro como Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Seu objetivo era criar uma data especial em que os feitos do gênero feminino dentro da área fossem reconhecidos e celebrados, encorajando as gerações mais novas de garotas a explorar o território científico.

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) marcava o dia 11 de fevereiro como Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Seu objetivo era criar uma data especial em que os feitos do gênero feminino dentro da área fossem reconhecidos e celebrados, encorajando as gerações mais novas de garotas a explorar o território científico.

Apesar de grandes nomes femininos terem deixado sua marca na história da ciência, como Marie Curie, Enedina Alves, Bertha Lutz e até mesmo Natalie Portman, a invisibilização de mulheres dentro da área cria uma barreira entre meninas e o interesse por matérias de exatas.

Marie Curie, 1927, unica mulher entre um seleto grupo de cientistas. Hoje 59% das bolsas de iniciação científica pertencem ao gênero feminino
A falta de representatividade reforçada pela ausência de holofotes voltados à figura feminina dentro da área, somada a construção social de que garotas não pertenciam à ciência, criou um mercado de trabalho onde o gênero masculino é predominante. Esse cenário, porém, vem sendo desconstruído.

De acordo com Cecy Marback, estudante de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP), cada vez mais mulheres tem seu trabalho reconhecido. “Voltamos a atribuir valor a saberes originários vindos de sociedades matriarcais onde a mulher tinha seu poder e inteligência reconhecidos”.

Apesar de ainda ocupar apenas 28% das vagas no mercado de trabalho, como aponta uma pesquisa feita pela Unesco em países do mundo todo, o espaço das mulheres dentro da ciência vem crescendo nos últimos anos.

Como revelado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (NCPq), 59% das bolsas de iniciação científica brasileiras pertencem a estudantes do gênero feminino, colocando o Brasil no topo da lista de países com mais mulheres envolvidas na área de produção científica.

O que incentiva mulheres?
Mas o que vem incentivando garotas a apostar em carreiras na área da ciência? Além do encorajamento que encontram em campanhas e na mídia, o desejo por um mundo melhor se faz presente.

Caroline Gomes, cursando Engenharia Biomédica na Universidade Federal do ABC (UFABC), conta que foi influenciada pela avó: “Cresci acompanhando sua doença, e entrar na área da saúde foi o modo que encontrei de ajudar ela e muitos outros na mesma situação”. Cecy, por outro lado, teve inspiração em seus professores, e hoje trabalha na área de educação.

Ambas as universidades citadas já foram palco de eventos voltados ao incentivo de jovens garotas à ciência. A UFABC ofereceu, em 2019, o curso Menina Ciência - Ciência Menina, que dava a oportunidade para que estudantes do gênero feminino entre os 12 e 14 anos conhecessem mulheres da área científica e participassem de palestras e aulas práticas. A demanda foi tanta que cerca de 2 mil candidatas disputaram as 50 vagas disponíveis, levando a federal a sortear as alunas participantes.

Já a Universidade de São Paulo (USP) sediou dois eventos de mesmo porte para estudante de ensino fundamental em sua propriedade.O curso Meninas com Ciência teve sua segunda edição em 2018 no Instituto Oceanográfico da USP (IOUSP), e em 2019 garotas ganharam uma nova chance de conhecer o mundo da ciência com o projeto Mergulho na Ciência USP.

O ano de 2020, porém, é da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que recebe entre os dias 7 de março e 4 de abril o evento Meninas SuperCientistas, onde 65 garotas da mesma faixa etária anterior participarão de diversas atividades gratuitas acompanhadas de cientistas mulheres. As inscrições vão até o dia 12 de fevereiro e podem ser feitas por meio do site da faculdade.

De acordo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, plano de ação desenvolvido pela ONU, o avanço da sociedade depende apenas do aproveitamento de todos os talentos, o que significa acolher mulheres - entre outros grupos marginalizados na área científica.

A construção de padrões que restringem o acesso de minorias à ciência é uma perda não apenas para aqueles que deixam de lado seus sonhos e interesses, mas também para a sociedade, que veta o surgimento de possíveis avanços.

Fonte: Quero Bolsa