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21
Ter, Maio

Tecnologia leva aulas a casas de estudantes de todo o Brasil durante a pandemia

Notícias EAD

A pandemia de coronavírus afetou a rotina de milhões de alunos e professores em todo o país. Estados estão investindo em tecnologia para garantir o aprendizado.

A pandemia de coronavírus afetou a rotina de milhões de alunos e professores em todo o país. Estados estão investindo em tecnologia para garantir o aprendizado.

Tecnologia leva aulas até a casa de estudantes de todo o Brasil durante a pandemia

A pandemia está representando um desafio também para milhões de professores e alunos mais jovens.

A escola pública onde Carlos Eduardo Azevedo estuda está fechada por causa do coronavírus. Esses dias têm sido difíceis pra ele.

“Eu sinto muita falta dos meus amigos e de poder aprender junto com eles. Eu gosto muito de trabalho em grupo, e na minha escola de vez em quando tem muito. Eu estou com muita saudade”, diz o estudante de 10 anos.

A partir do dia 27, Carlos e o irmão vão ter aulas virtuais. Em São Paulo, a Secretaria Estadual da Educação antecipou as férias para aprimorar o sistema que tem a missão de manter o ensino durante o isolamento.

O olho no olho está dando lugar ao ensino remoto. Em tempos de pandemia, o professor dá aula cercado por câmeras e luzes. O conteúdo é transmitido via internet para 3,5 milhões alunos. E quem tem uma dúvida, é só clicar.

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Débora Garófalo, professora de tecnologia e inovação: "Está sendo uma experiência incrível saber que a minha voz está chegando a milhares de estudantes nesse momento de pandemia".

Por dia, serão duas horas de aula assim ou pela TV. O governo do estado vai bancar a internet de alunos e professores durante o uso do aplicativo. Quem não tiver celular nem computador vai ter reforço na volta.

“Inclusive, aumentando a carga horária para esses jovens que não tenham conseguido acompanhar os conteúdos nesse período. O importante é que ninguém pode ficar para trás, e todos terão a oportunidade, seja agora ou quando retornar as aulas”, diz o secretário da educação de São Paulo, Rossieli Soares.

No Maranhão, os professores também estão se adaptando à novidade. As aulas são por teleconferência, pela TV e pelo rádio.

“A didática em si permanece a mesma, só que em espaço geográfico totalmente diferenciado”, diz o professor Stanley Ferreira.

Pernambuco adaptou o currículo para as aulas transmitidas pela internet.

“A gente está ao vivo com os alunos. Por exemplo, durante a aula, a gente para um pouco o conteúdo e vai interagindo, alunos de todo o estado, professores vão participando também”, diz o professor Luiz Fernando Lopes.

O diretor do Todos Pela Educação diz que iniciativas assim ,para reduzir o prejuízo ao aprendizado, são fundamentais em meio à crise. E cobra mais envolvimento do Ministério da Educação.

“A gente não tem observado no Brasil essa coordenação em âmbito nacional na educação. O que tem deixado as redes de ensino à mercê das suas próprias possibilidades, capacidades e condições de enfrentar esse desafio”, comentou Olavo Nogueira Filho.

A angústia de muitos pais é saber se os filhos vão aprender como deveriam.

“Não acompanharem mesmo, sabe, e ficarem para trás no ensino. E isso pode prejudicar, é óbvio”, diz a empresária Maryellen Dantas de Azevedo.

A ansiedade é grande porque não se sabe quando tudo isso vai passar, quando as cadeiras serão ocupadas de novo. Enquanto isso, os educadores dizem que é muito importante que os alunos sigam uma rotina.

Para que isso seja possível, professores de Sorocaba, no interior de São Paulo, tentam reproduzir pelas redes sociais o ambiente da escola.

“Que ele busque um horário para continuar realizando suas atividades, busque um cantinho tranquilo, sossegado, para que ele possa manter esse ritmo de estudo. E que tenha bastante paciência porque tudo isso vai passar”, orienta a coordenadora pedagógica Marisa Borges.

A nova rotina em casa aproximou ainda mais Isabella dos pais.

“É gostoso também, porque a gente acaba interagindo com a criança. Explicando, pesquisando na internet. E assim vai, uma auxiliando a outra”, diz a mãe da menina.

Isabella às vezes usa até uniforme para se sentir mais perto da escola.

“Eu sinto que estou na escola, na aula, só que sem a professora. Porque esse negócio de coronavírus está afetando muita gente. E dá uma grande saudade”, lamenta a aluna.

O Ministério da Educação afirmou que mantém diálogo constante com o Conselho Nacional de Secretários de Educação e outras entidades para estabelecer medidas conjuntas que sejam as mais assertivas. O MEC disse também que criou o Comitê Operativo de Emergência para discutir, de forma integrada, as melhores soluções para a educação durante esse período de pandemia.

Fonte: G1 - Jornal Nacional