Com atividades não presenciais suspensas em Erechim, secretário de Educação afirma que decisão depende da homologação do parecer do Conselho Nacional de Educação.
Com atividades não presenciais suspensas em Erechim, secretário de Educação afirma que decisão depende da homologação do parecer do Conselho Nacional de Educação.
Após o anúncio de que o período de suspensão das aulas em todo o Rio Grande do Sul, seria ampliado, no dia 29 de abril, a Secretaria Municipal de Educação de Erechim, optou por iniciar atividades a distância. As aulas presenciais foram interrompidas em março como medida para evitar as transmissões do novo coronavírus.
Assim, na última semana, as escolas se organizaram para elaborar os materiais e enviar às famílias. Contudo, na quinta-feira (7), a Secretaria optou por suspender as atividades a distância. De acordo o secretário de Educação, Juliano Rizzi, a decisão foi adiada pois aguarda a homologação do Ministério da Educação (MEC) ao parecer emitido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
O parecer, publicado no fim de abril, definiu diretrizes para a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas de ensino, durante o período da pandemia causada pela covid-19.
Segundo a Agência Brasil, as atividades não presenciais podem ser ofertadas por meio digitais, ou não. Podem ser ministradas, por exemplo, por meio de videoaulas, de conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem e pelas redes sociais, entre outros. Podem ainda ser oferecidas por meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de materiais didáticos impressos e distribuídos aos alunos e seus pais ou responsáveis; e pela orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados em materiais didáticos. E, com o parecer, essas atividades poderão ser contabilizadas na carga horária escolar.
“Suspensão do ensino a distância causou desconforto”
Conforme o presidente da Associação dos Professores Municipais de Erechim, Waldemar Osvaldo Zucchi, a indefinição motivou o pedido de uma reunião com o secretário Rizzi, para entender a situação. “A Secretaria elaborou uma proposta para atividades a distância e foi encaminhado às escolas, para que elas organizassem da melhor forma as atividades com os seus professores e estudantes. No entanto, logo foram canceladas as aulas não presencias e isso causou um certo desconforto com a comunidade escolar: professores, estudantes e pais”, contou à reportagem do Jornal Bom Dia.
Ainda, hoje (12), a Associação irá realizar uma reunião com a categoria do magistério municipal.
Conselho municipal aprovou plano
Zucchi reforçou, também, que a proposta de atividades não presenciais, elaborada pela Secretaria foi aprovada pelo Conselho Municipal de Educação.
“Em conversa com o secretário Rizzi e a secretária adjunta, Ângela Socol, eu e a vice-presidente da Associação, Ivone Santin, soubemos que a Secretaria elaborou um cronograma para aulas não presenciais. Em seguida, esse cronograma foi apresentado para o Conselho Municipal de Educação, que se manifestou favorável”, relatou o presidente.
Após a sinalização positiva, diversas reuniões foram realizadas com as equipes diretivas e coordenações pedagógicas. “Buscava-se encaminhar a proposta de trabalho aos professores, que foi bem aceita pela categoria, diga-se de passagem. Após todos esses caminhos realizados para que as aulas não presenciais fossem colocadas em prática, o Executivo municipal recebeu um ofício, informando como seriam desenvolvidas essas atividades, com as propostas apresentadas, discutidas e aprovadas”, pontuou Zucchi.
“Após uma semana, a Secretaria de Educação se viu forçada a cancelar as aulas não presenciais, emanada por ordem superior sem as devidas explicações e/ou justificativas. Com isso, a Associação dos Professores pôs-se a disposição para conversar com o Executivo municipal para voltarmos a termos aulas não presenciais. Ainda não foi marcado esse encontro, porque haverá uma reunião do Sindicato da categoria, com a Associação dos Professores e um representante de escola”, concluiu o presidente.
Fonte: Jornal Bom dia
