Segundo o Sind-UTE, sindicato que representa a categoria, milhares de alunos ficarão prejudicados, porque não têm acesso à internet.
Segundo o Sind-UTE, sindicato que representa a categoria, milhares de alunos ficarão prejudicados, porque não têm acesso à internet.
A educação à distância, anunciada pelo Governo de Minas Gerais, terá teleaulas em programas exibidos pela TV pública do estado, a partir da próxima segunda -feira (18), O projeto também inclui um aplicativo, um plano de estudo na internet, com apostilas e atividades mensais. Pela proposta, os alunos que não tiverem acesso à internet poderão receber o material impresso.
Porém, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) discorda do método. Segundo a Denise Romano, Coordenadora do Sindicato, os profissionais só souberam do conteúdo nesta quarta-feira (13), Durante o anúncio da secretaria de educação. Ela afirma que o ano letivo não tem que terminar, obrigatoriamente, em dezembro e diz que muitos alunos serão excluídos do processo.
"Essa questão educativa precisa ser feita, mas sem utilizar a pandemia como justificativa pra sucatear a educação e para excluir os pobres do processo educativo. Essa é a nossa crítica, porque, de cara, 700 mil alunos estão fora desse processo", disse.
Além das críticas ao alcance da televisão e da internet, professores criticam a qualidade do conteúdo e dizem que nem todas as disciplinas estão contempladas no programa. Outra preocupação é se o material impresso será mesmo disponibilizado pelo governo, diante da crise financeira do estado.
Sobre os salários, o governo declarou que o pagamento é prioridade, mas que diante da situação financeira agravada, em razão da pandemia, ainda não foi possível anunciar uma data para todos os servidores. Em relação à aulas não presenciais na rede pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais afirmou que o programa conta com diferentes ferramentas pedagógicas pra possibilitar o processo de ensino e aprendizagem.
Fonte: G1
