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06
Seg, Maio

Cartilha com orientações para EaD facilita adaptação a aulas remotas

Notícias EAD

Projeto criado por técnicos de ensino do Senai CTM em Maringá traz ferramentas e orientações para apoiar professores.

Projeto criado por técnicos de ensino do Senai CTM em Maringá traz ferramentas e orientações para apoiar professores.

A operacionalização das atividades de forma remota é um grande desafio para o setor educacional durante a pandemia da COVID-19. Com o distanciamento social, alunos, professores e instituições têm utilizado plataformas on-line para manter a rotina de ensino e aprendizagem. Uma tarefa que vai além de trabalhos e avaliações: muitos estudantes não têm familiaridade ou acesso a todas as tecnologias disponíveis. Do outro lado, professores também precisaram se adaptar rapidamente para inserir outras plataformas em suas metodologias.

Foi essa mudança que levou Kleber Lopes Petry e Emerson Amaral, técnicos de ensino do Curso Técnico em Informática no Senai CTM, em Maringá, ao desenvolvimento do projeto “Ada – a distância sim, sozinhos nunca”. “O processo do EaD é mais formal. Muitos alunos presenciais não se adaptam a esse modelo porque no presencial, há o convívio social. É um grande desafio transformar as aulas presenciais em aulas ao vivo, mas a distância”, explica Kleber.

Cartilha reúne ferramentas para profissionais de educação

O ensino a distância estava em crescimento no Brasil: somente em 2018, a oferta de vagas no ensino superior em EaD era de 7,1 milhões, enquanto as vagas presenciais somavam 6,4 milhões. Os dados são do Censo Superior da Educação do MEC (Ministério da Educação). Mas a migração de todo o processo para o ambiente virtual durante a pandemia demandou agilidade e criatividade. Kleber conta que a cartilha do projeto Ada foi desenvolvida em uma semana. “Foi uma mudança muito rápida, sabíamos que não havia tempo a perder. Já existia tecnologia para resolver pontos importantes, nem todas específicas para a área de educação”, diz. Utilizando metodologias ágeis de desenvolvimento de produtos, os técnicos do Senai CTM analisaram dados, plataformas disponíveis e as necessidades mais urgentes do ensino.

O resultado foi uma cartilha completa com soluções, orientações e dicas para facilitar o trabalho dos professores. Um projeto estruturado em quatro pilares: comunicação, ferramentas, avaliações e engajamento – este último é considerado um dos pontos mais essenciais para as aulas remotas. “É preciso engajar os alunos, pensar em soluções que ajudem a manter o foco nos estudos e a regularidade no acompanhamento das aulas. Para isso, sugerimos modelos de gratificação, como sorteio de vouchers para aqueles com melhor desempenho, além de utilizar estratégias de gamificação para tornar as aulas mais atrativas”, detalha o técnico de ensino.

Cinco regras para o ensino remoto

O projeto Ada – cujo nome é uma homenagem à matemática Ada Lovelace, a primeira programadora da história – conquistou o primeiro lugar no Grand Prix de Inovação Covid-19, na categoria de docentes. Com abrangência nacional, o Grand Prix foi criado pelo Senai para buscar soluções educacionais no período de pandemia. “Entendemos que durante a crise, a resposta precisava ser imediata. Por isso focamos na abordagem do ensino e nas ferramentas, dando o ´caminho das pedras´ para auxiliar professores. Foi muito gratificante ser premiado entre cerca de 800 projetos”, conta Kleber.

O técnico de ensino compartilha as cinco regras essenciais que estruturam o Ada: informação acessível, em multiplataformas; comunicação mais curta, rápida e assertiva; ambientação dos alunos à tecnologia; feedback constante para os professores e conteúdo fracionado. “Manter a concentração por muitas horas em aulas remotas é difícil. Fracionamos os conteúdos em ciclos, pela técnica Pomodoro. São 25 minutos de aula, cinco minutos para perguntas e respostas, mais um ciclo igual e então começam as atividades interativas entre alunos e professores”, explica.

Próximos passos

O projeto Ada está em fase de validação e já é utilizado por professores e alunos, com avaliações positivas. Agora, a equipe se prepara para ampliar o alcance e promover alterações constantemente, de acordo com o feedback dos usuários. “Outras áreas, como eletrônica, eletrotécnica e automação já aderiram a alguns conceitos da cartilha, como os minidesafios e o fracionamento do conteúdo. Nossa ideia é aprimorar a solução cada vez mais, pois sabemos que esse projeto tem potencial de evoluir para algo ainda maior”, finaliza Kleber.

A cartilha está disponível no site do projeto.

Fonte: Sistema Fiesp