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Seg, Maio

Alunos da rede pública estadual participam de competição com robôs a distância

Notícias EAD

O 4º TechCamp Pará reúne 93 estudantes, de 17 municípios, e homenageia a professora Socorro Braga, que organizava o evento, mas foi vítima da Covid-19

O 4º TechCamp Pará reúne 93 estudantes, de 17 municípios, e homenageia a professora Socorro Braga, que organizava o evento, mas foi vítima da Covid-19

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE), realizou a 4ª edição do TechCamp Pará - Professora Socorro Braga, nesta sexta-feira (10). A iniciativa é um torneio com robôs, controlados a distância por estudantes de várias localidades paraenses, os quais precisam superar obstáculos e executar tarefas para pontuar em cada rodada.

"Cada vez mais nós estamos estimulando o desenvolvimento de atividades pedagógicas que envolvam a ciência, a matemática e a tecnologia. Proporcionar esse tipo de educação também é nosso dever, e isso tem sido algo mais frequente entre os alunos da rede pública estadual", disse a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga.

No torneio, os robôs são controlados a distância por estudantes de várias localidades do ParáNo torneio, os robôs são controlados a distância por estudantes de várias localidades do Pará - (Foto: Rai Pontes / Ascom Seduc)Continua depois da publicidade

No ano passado, o TechCamp Pará foi totalmente remoto. Esta edição ocorreu de forma híbrida, respeitando os protocolos de prevenção à Covid-19. Participaram da competição 31 equipes, compostas por 93 alunos e 57 professores, oriundos dos municípios de Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Augusto Corrêa, Belém, Benevides, Bragança, Cachoeira do Piriá, Cametá, Castanhal, Curuçá, Marabá, Redenção, Santa Izabel do Pará, Santarém, Tucuruí e Vigia de Nazaré.

Os grupos participantes se conectam ao robô da disputa e conseguem programá-lo a quilômetros de distância. Não se trata de um controle remoto, pois os alunos estão aprendendo uma linguagem de programação, habilidade muito importante para os profissionais do futuro.Continua depois da publicidade

Ensino-aprendizagem- Segundo o coordenador da CTAE, Jó Elder Vasconcelos, “esse evento que a gente está acompanhado hoje é a culminância para que eles se divirtam, pois já passaram por uma formação, compreenderam o que é o ‘Steam’, além do pensamento computacional, e como este pode ajudar a resolver problemas da sociedade. Agora, eles foram orientados na área de programação para conseguir programar os robôs a distância, e estão fazendo um torneio bem amigável, para que a gente incentive cada vez mais ações desse tipo no processo ensino-aprendizagem”, ressaltou o coordenador.

A competição é acompanhada por estudantes e professores da rede pública estadual de ensinoA competição é acompanhada por estudantes e professores da rede pública estadual de ensino - (Foto: Rai Pontes / Ascom Seduc)
As equipes que conquistarem o 1º, 2º e 3º lugares nos jogos vão receber uma premiação surpresa, e todos os 93 participantes receberão certificados e medalhas, em reconhecimento ao empenho que tiveram na atividade pedagógica. “O que a gente sempre ressalta é que isto não é um campeonato para descobrir quem é o melhor, porque existem diversas variáveis que podem interferir no resultado. A qualidade da internet lá na ponta, às vezes acontece um problema com o robô ou a mesa. Portanto, existem diversas variáveis que inviabilizam determinar quem é o melhor de fato. Mas nós estamos festejando, e vamos comemorar aquele que tiver o melhor desempenho na disputa, levando em consideração todas essas características”, frisou o professor Rafael Herdy.Continua depois da publicidade

Profissões do futuro- Especialistas adiantam que, em aproximadamente cinco anos, devem aparecer 100 novas profissões ligadas à área da programação. Nessa perspectiva, os NTEs trabalham e fomentam pesquisa, robótica e programação, sempre em consonância com o que se aprende em sala de aula.

Segundo o professor Rafael Herdy, “é importante para os alunos que toda vez que movimentem esse robô, eles ativem conceitos relacionados à Física. É uma linguagem bem simples de programação, que já existe desde a década de 1970, a qual já foi melhorada, bem desenvolvida, e apresenta uma linguagem visual bem mais fácil. Com a tecnologia que nós temos hoje de Internet das Coisas (IoT) conseguimos conectar dispositivos através da internet a distância, o que antes parecia ser algo impossível”.

Um robô adaptado à realidade amazônica foi disponibilizado às equipes, o qual foi montado no NTE Belém e enviado para os NTEs que também sediaram os torneios, em Abaetetuba, Belém e Bragança.

Em breve será ministrada uma formação direcionada aos professores que forem orientadores nos projetos de robótica, para que possam entender toda a parte técnica, como o robô se conecta à internet, de que maneira os comandos saem lá dos municípios e chegam aos locais de competição.

Aluno Repórter- Durante as transmissões do 4º TechCamp Pará, ocorreu mais uma iniciativa incentivada pela Seduc. Voluntários do Projeto “Aluno Repórter” fazem a cobertura do evento, auxiliando na captura de imagens e comentando sobre os lances de cada partida.

Estudantes colocam em prática o conhecimento em RobóticaEstudantes colocam em prática o conhecimento em Robótica - (Foto: Rai Pontes / Ascom Seduc)
Um desses voluntários é o aluno da 1ª série do ensino médio, Ryan Pablo, que frequenta a Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, em Belém. Ele afirmou ser uma pessoa ligada à tecnologia e robótica. “Confesso que tem sido uma experiência nova para mim. Gosto de desafios e procuro sempre inovar, fazer coisas diferentes e que agreguem na minha vida. Ser ‘Aluno Repórter’ deste ano do 4º TechCamp Pará tem sido uma experiência muito boa, além de compartilhar com pessoas a distância cada detalhe das partidas. Com certeza, tudo isso colabora para o meu desenvolvimento pessoal e acadêmico”, garantiu o estudante.

Reconhecimento- Este ano, a equipe organizadora do TechCamp Pará homenageia a professora Socorro Braga, ex-coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Bragança, que estava envolvida na preparação do evento, mas faleceu em decorrência da Covid-19.

Em 2020, a educadora foi uma das selecionadas para uma formação oportunizada pelo TechCamp Brasil, que é gerenciado pela Embaixada dos Estados Unidos e Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Portal TV Cariri