A exclusão de extensas camadas sociais no acesso ao Ensino Superior no Brasil e o aumento crescente da evasão escolar exposto continuamente por pesquisadores e especialistas só piorou nos últimos anos em decorrência de medidas efetivas e compromisso dos governos estaduais e federal e agravadas enormemente pela pandemia do Coronavírus.
A exclusão de extensas camadas sociais no acesso ao Ensino Superior no Brasil e o aumento crescente da evasão escolar exposto continuamente por pesquisadores e especialistas só piorou nos últimos anos em decorrência de medidas efetivas e compromisso dos governos estaduais e federal e agravadas enormemente pela pandemia do Coronavírus.
Em 2020, segundo dados do Inep, 92% das instituições de ensino superior suspenderam suas aulas presenciais. Destas, 77% sequer retomaram suas aulas presenciais.
A pandemia também trouxe mudanças substantivas na distribuição de matrículas e apontam para um crescimento no número de matrículas na modalidade EAD de 7,7% de 2019 para 2020, um salto de 19,1% para 26,8%. Na contramão, as matrículas em cursos presenciais diminuíram 3,8% em 2019 e 9,6% em 2020.
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O crescimento das matrículas no Ensino Superior foi de 1,8% em 2019 e caiu para 0,9% em 2020. Este aumento pífio no total de matrículas em 2020 foi puxado por uma queda de 6% de alunos na rede pública , compensada parcialmente pelo aumento de 3,1% na rede privada puxada pela modalidade EAD.
Na mesma direção podemos observar que 78,8% dos estudantes que concluíram seu curso presencial o fizeram em IES privadas. Em 2020 o número de concluintes caiu 6% quando comparado com o ano anterior, sendo 0,4% na rede privada e 22,1% na rede pública, provavelmente em função da demora do setor público em adotar aulas remotas emergenciais na pandemia de Covid-19.
Para agravar ainda mais o quadro, o Fies que em 2014 ofereceu mais de 730 mil vagas, reduziu este número para cerca de 50 mil em 2020 e 2021 e acena com um aumento de pouco mais de 100 mil vagas para 2022
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Este quadro assustador não se modifica mesmo em estados mais desenvolvidos e de PIB maior como São Paulo.
Os números mostram uma queda significativa das matrículas na rede privada que perdeu cerca de 8,5% de matrículas presenciais de 2019 para 2020, perda não compensada pela rede pública que mantém estabilidade na sua oferta de matrículas desde 2014.
Esta desigualdade injusta, no entanto, não se faz de maneira uniforme. Para exemplificar 5 distritos administrativos da capital paulistana de menos de 1% de sua população com o Ensino Superior completo, enquanto que outras regiões ostentam percentuais que se aproximam de 25%, uma diferença que pode chegar a 50 vezes.
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Urge buscar alternativas e soluções.
Neste sentido comemoramos a iniciativa da UNICAP que numa plataforma inventiva e corajosa oferece bolsas de estudo com redução de, no mínimo, 50% no valor das mensalidades ofertadas por IES privadas e com desempenho de qualidade nas avaliações do MEC.
Mais, introduz através de um programa criativo ao Aluno Empreendedor a oportunidade de com a venda de serviços, como um agente financeiro, ser remunerado e adquirir condições de arcar com a complementação de sua mensalidade.
O Estado de São Paulo e muitos municípios paulistas estudam viabilizar e aprimorar esta possibilidade de incluir segmentos consideráveis de jovens carentes que hoje não têm o acesso ao Ensino Superior.
Eu acredito que em breve teremos razões para comemorar os bons resultados que esta iniciativa pode gerar.
Fonte: Observatorio3setor
