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Qui, Maio

Se IAs conseguem até desenhar e escrever, qual é o futuro dos artistas?

Notícias EAD
Designers, ilustradores, escritores, videomakers e outros profissionais da área criativa temem que sistemas de inteligência artificial (IA) eliminem suas vagas de trabalho num futuro breve. O medo cresce à medida que algoritmos cada vez mais inteligentes conseguem realizar diferentes atividades:

Designers, ilustradores, escritores, videomakers e outros profissionais da área criativa temem que sistemas de inteligência artificial (IA) eliminem suas vagas de trabalho num futuro breve. O medo cresce à medida que algoritmos cada vez mais inteligentes conseguem realizar diferentes atividades:

-Dall-E, Midjourney e Lensa criam ilustrações a partir de imagens ou comandos de texto.

-NovelAI e Rytr são capazes de iniciar, continuar e concluir narrativas literárias.

-Synthesia, Elai e Make-a-Video (do Facebook) geram vídeos a partir de frases escritas.

-ChatGPT é um robô de conversa que já consegue responder a questões complexas, o que pode auxiliar escrita de textos para diferentes fins.

-Um jeito prático de se informar: veja como receber notícias de Tilt em seu WhatsApp!

O que está rolando
Em dezembro, artistas inundaram o site de portfólio virtual ArtStation com uma imagem que, em inglês, dizia "não às imagens geradas por IA" em protesto. A crítica veio após os administradores da plataforma aceitarem trabalhos feitos por inteligência artificial.

Desenhistas também se revoltaram contra o resultado de um concurso de arte que premiou um trabalho parcialmente criado pela IA a partir de texto inserido no Midjourney. Outros ainda reclamaram do fato de que algoritmos são treinados usando artes de autores sem autorização prévia.

Um levantamento do site Will Robots Take My Job, que faz previsões sobre a probabilidade de robôs pegarem diferentes tipos de empregos, mostra o nível de insegurança dos profissionais de áreas criativas e de produção de conteúdo.

35% de 509 videomakers consultados temem perder o trabalho para robôs;
24% de 744 escritores preveem o mesmo futuro;
42% de 2.306 designers gráficos estimam o mesmo.

O site usa dados coletados por uma instituição de pesquisa em mercado de trabalho, a O*NET, para fazer seus cálculos com ajuda de um algoritmo com inteligência artificial.

Afina, qual é o risco?
A mesma plataforma calcula que o risco de artistas perderem o emprego para tecnologia não é tão alto — ao menos, não nos próximos anos.

-Há apenas 13% de chance de vagas em edição de vídeo serem ocupadas por IAs nos próximos 20 anos.
-Em escrita literária, a estimativa é de 8%.
-Em design gráfico, apenas 4%.

Contudo, outros empregos possuem risco elevado:
-Operadores de caixa: 96%;
-Inspetores de transporte:89%;
-Analistas financeiros: 84%.

Agregar ou destruir relações? Ainda é incerto
O temor dos profissionais — seja da área criativa, seja de outras áreas - é legítimo. Essa transformação digital deverá ser vista de perto e fiscalizada. Mas ainda não existe uma resposta em definitivo. Isso acontecerá conforme as tecnologias evoluírem e se tornarem mais (ou menos) inteligentes.

O lado que defende seu uso argumenta que a IA virá para somar no mercado de trabalho. Para eles é provável é que alguns empregos sejam eliminados e substituídos por outros mais especializados. E, paralelamente, o processo abrirá novas oportunidades de emprego.

Segundo o relatório "Futuro dos Trabalhos", do Fórum Econômico Mundial de Davos:

-Avanços em IA serão um dos principais fatores de mudança do mercado profissional do amanhã, automatizando "tarefas de trabalhadores capacitados" por muito tempo consideradas "impráticas de serem realizadas por máquinas";
-Primeiras mudanças já eram visíveis em 2016 e disrupção seria sentida em 2020 -- a pandemia de covid-19 pode ter impactado e adiado essa previsão.

A visão de Hod Lipson, engenheiro e fundador da Creative Machines, laboratório de IAs criativas, é de defender seu território:

Empregos morrerão (e nascerão) à cada dia
Novos trabalhos surgirão de modo geral, acreditam os mais entusiastas. Segundo essa linha, a automatização não eliminará o surgimento de problemas, um elemento essencial da existência ou modificação de trabalhos. Logo, existirá demanda para absorver profissionais com habilidades diversas.

Dentro dessa perspectiva, novas linhas de trabalho devem se modificar e, portanto, o mercado deverá contratar profissionais não só pela experiência ou níveis de graduação. Mas, sim, pelos conjuntos de habilidades — como criatividade, raciocínio lógico, atendimento ao público.

Esse caminho de transformação vale também para o mercado criativo, na opinião dos entrevistados.

Para Bolles, o cenário no Brasil se torna preocupante quando se fala da força de trabalho informal, que inclui profissionais autônomos e liberais que operam sem garantias legais.

O professor alerta que isso forçará dois caminhos para evitar uma crise de desemprego em massa com trabalhadores não capacitados:

1-O mercado pode colocar a responsabilidade de se manter empregável nas costas dos profissionais e das empresas;
2-A sociedade pode se organizar, como economia, protegendo os direitos dos trabalhadores através de leis que impedem as demissões em massa.

Fonte: Uol

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