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06
Seg, Maio

A educação financeira deve estar dentro de cada um

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Planejamento precisa de um acompanhamento sistemático, periódico e cotidiano, ou seja, um monitoramento

Planejamento precisa de um acompanhamento sistemático, periódico e cotidiano, ou seja, um monitoramento

Atualmente há um grande problema com endividamento no nosso país. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 78,3% das famílias no Brasil contraem dívidas nas principais modalidades, como cartão de crédito, cheque especial, financiamento de carro e casa, entre outros tipos. Além disso, 30% da população brasileira está em situação de inadimplência, tema que já pode ser considerado um problema social. Dentro de um contexto de inflação e juros elevados, acentua-se ainda mais a dificuldade de resolução dessas dívidas.

A Associação Aventura de Construir trabalha dentro desse contexto com microempreendedores de baixa renda de periferia, portanto, de maior vulnerabilidade. Nesse sentido, o que enxerga como um dos temas fundamentais é a educação financeira dessas pessoas. Essa é a razão pela qual todos os projetos têm como pilar educar sobre o que significa gerir as finanças das próprias famílias e dos próprios empreendimentos.

Esse também é um dos pontos de partida do projeto ProtagonizAqui, dirigido a migrantes latino-americanos moradores de São Paulo. Esses venezuelanos, haitianos, peruanos, entre outros, têm uma vulnerabilidade ainda maior do que os brasileiros vulneráveis.

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Trazer o tema da educação financeira desde o início deu solidez à construção de novos empreendimentos e fortaleceu os empreendimentos que já existiam, tocados por esse público.

Mas em que consiste essa educação financeira? Em primeiro lugar, deve-se entender a importância da separação entre as finanças pessoais e familiares, das finanças do empreendimento. Identifica-se então o que são gastos e receitas, algo que muitas vezes as pessoas não tem clareza para diferenciar.

Em segundo lugar, ensina-se o que significa construir um orçamento pessoal familiar e/ou do empreendimento. E em terceiro, fala-se da importância de realizar uma poupança, o que pode ajudar em momentos e situações de risco, de maior dificuldade. É muito difícil que pessoas de alta vulnerabilidade pensem nesse tipo de economia, mas a poupança pode ser mínima, realizada ao longo de tempo, e pode criar um fundo que responde a situações emergenciais.

Isso tudo educa essas pessoas a pensarem na lógica de médio a longo prazo, já que esse público normalmente está acostumado a tomar decisões e a pensar de forma muito intuitiva. O fato de precisar construir algo para o médio longo período ajuda a entrar em uma lógica diferente daquela a que estão acostumados.

A partir desses fundamentos, se constrói um plano financeiro familiar. “Plano” porque é algo que implica uma construção, que indica também um nível de reflexão que não pode ser só da pessoa, mas deve ser feita em família. Mesmo que não se tenha a mesma visão sobre finanças em casa, precisa ser acordado, definido de forma conjunta.

A educação financeira se mostra muito mais potente quando aliada ao acompanhamento, o que não é oferecido ou ensinado por muitos cursos online, programas e apostilas. Esse planejamento financeiro precisa de um acompanhamento sistemático, periódico e cotidiano, ou seja, um monitoramento.

Só através do trabalho sistemático e contínuo existe a possibilidade de gerar hábitos diante do uso dos outros recursos. Deve ser algo que entra dentro da vida e, para isso, implica acompanhamento e monitoramento da pessoa responsável pelo plano. Só através desse monitoramento, a pessoa consegue enxergar quais são as próprias dificuldades para que possa ser possível oferecer um caminho de resposta.

Quando falamos de hábitos, é um ponto sem retorno. Só se gera essa transformação da pessoa, no sentido de hábitos positivos, quando se entra na vida dela e se gera uma sustentabilidade no tempo. Isso muda a forma dessas pessoas enxergarem as finanças pessoais e o empreendimento.

Muitas vezes estamos acostumados a pensar na fragilidade do eu. Mas é o eu, é a pessoa, que muda e é transformada para começar a enxergar algo diferente. E é por meio dessa transformação que se sustenta esses hábitos.

Fonte: Nexo jornal

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