A disciplina de Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade nas escolas da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc / PI). Destinada aos estudantes do Ensino Médio, a iniciativa pioneira no Brasil representa um avanço significativo no ensino, preparando os jovens para os desafios tecnológicos do século XXI e promovendo a integração de novas habilidades no currículo educacional.
A disciplina de Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade nas escolas da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc / PI). Destinada aos estudantes do Ensino Médio, a iniciativa pioneira no Brasil representa um avanço significativo no ensino, preparando os jovens para os desafios tecnológicos do século XXI e promovendo a integração de novas habilidades no currículo educacional.
No Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) José Pereira da Silva, localizado na Zona Norte de Teresina, por exemplo, os estudantes estão empolgados com a novidade. Na Unidade Educacional, as aulas da nova disciplina foram iniciadas no mês de fevereiro.
“A Inteligência Artificial me ajuda nos estudos. Como estou na 3ª série do Ensino Médio, é possível responder simulados e questões com foco no Enem. Eu quero me formar em Medicina, sei que é uma tecnologia que vai me ajudar também no futuro”, comenta Kézia Liandra.
O Professor João Denys Pereira leciona, originalmente, a disciplina de História no Centro Educacional e assumiu a nova matriz de Inteligência Artificial. João Denys faz parte do grupo de Profissionais que estão passando por uma capacitação, promovida pela Seduc, com carga horária de 60 horas/aula. Na capacitação, os Professores são orientados para trabalhar o Letramento em IA em três pilares fundamentais: o Letramento em Dados, o Letramento em Algoritmos e o Letramento em Modelos.
“Eles estão vendo a estrutura inicial, a história da Inteligência Artificial e também nós começamos a colocar em prática conceitos que muitos deles já até utilizam, só que agora nós estamos organizando para que eles possam ter um direcionamento mais claro e pleno. Os alunos gostaram muito, a recepção foi muito boa e eles estão até dando outras ideias para que a gente possa incrementar no projeto”, avalia o Professor.
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Nas primeiras semanas de aula da disciplina de IA, os estudantes do CETI José Pereira da Silva já desenvolveram um projeto intitulado “Professor Zé”, que é uma ferramenta digital que pode ser acessada pelo WhatsApp 24 horas por dia, nos sete dias da semana.
“Quando eles acessam a plataforma do Professor Zé, existe um menu que direciona para outras ligações, chamadas links. De lá, eles têm acesso ao Chat GPT, aulas virtuais e também à sessão dos ‘Pais Empreendedores’, que reúne uma lista de contatos de pais dos estudantes que oferecem algum tipo de serviço à comunidade, ou seja, é uma forma de divulgar soluções para a sociedade, possibilitando num único ambiente virtual a conexão com Pedreiros, Cabeleireiras, Confeiteiras, dentre outros Profissionais autônomos da região”, explica João Denys.
Filha de pais empreendedores, a estudante Maria Clara de Araújo compartilhou sua empolgação em estudar Inteligência Artificial e no desenvolvimento do aplicativo Professor Zé. “Eu coloquei o contato dos meus pais na plataforma, que eles vendem espetinho e quando eu falei essa ideia para o meu pai, ele ficou super feliz porque vai ajudar muito na divulgação e na procura de novos clientes. Isso vai ajudar outras pessoas, é bem legal”, afirma.
Além disso, Maria Clara destacou como a IA ajuda nos estudos, permitindo ampliar conhecimentos em diversas disciplinas e esclarecer dúvidas.
“A IA me ajuda muito nos estudos, como, por exemplo, saber mais conhecimentos dos estudos sobre História, Geografia, e como resolver as atividades e simulados sobre várias disciplinas diferentes. Tem matéria que vemos em sala, mas que podemos ter um suporte ao pesquisar mais no Chat GPT e tirar as dúvidas”, disse.
A Diretora do CETI José Pereira da Silva, Amparo Meireles, destaca que frequentemente os Professores conversam com os alunos incentivando o uso consciente da tecnologia e do celular nos ambientes educacionais.
“Os estudantes estão tão empolgados com a novidade que estão colaborando. Nós entendemos que é necessário o uso da tecnologia, mas em momento adequado. Então, assim, a gente faz um trabalho de conscientização conversando com eles. Não é que eles não vão usar, mas precisam saber o momento e a hora de usar para que não se torne uma distração, mas sim um recurso que facilite o aprendizado”, afirmou
Fonte: Seduc
