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04
Sáb, Maio

Aumenta o interesse por curso on-line

Notícias EAD

O mercado de cursos a distância se transforma a passos largos no caminho mais rápido e eficaz para consolidar a formação, especialização e até a pós-graduação de executivos em todas regiões do país. Mais de 300 mil alunos cursam pós-graduação on-line anualmente no país e outros 3 milhões fazem cursos de especialização a distância, de curta e média duração.

O crescimento anual médio dos cursos on-line é de 15%. Os cursos de pós-graduação a distância já representam cerca de 20% em relação ao total de cursos de pós ministrados no país, incluindo os cursos presenciais, avalia Carlos Longo, diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).

Considerando a educação executiva, de acordo com a entidade, os cursos mais demandados são da área de negócios, destacando cursos generalistas em gestão; finanças e projetos. A demanda também é forte na área de educação porque, para progressão de carreira, o professor de ensino fundamental e médio da rede pública precisa de pós-graduação.

Os alunos na faixa de 24 a 30 anos buscam em geral MBA para especialização em suas áreas de atuação. Já os executivos no mercado há mais de dez anos, com faixa etária entre 35 e 45 anos, buscam os cursos a distância para ingressar em novas áreas de atuação ou aumentar sua competitividade no mercado.

"A tendência é de que o crescimento anual dos cursos a distância seguirá na faixa dos dois dígitos. E, possivelmente, será de 50% a relação entre cursos on-line e presencial dentro de oito a dez anos. Ou seja, no futuro o mercado será híbrido. É uma tendência no mundo inteiro", prevê Longo.

A previsão já é realidade na Universidade Veiga de Almeida (UVA), controlada pelo grupo americano Ilumno, que também está presente na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá e Paraguai. "Temos 200 mil alunos na América Latina. Cerca de 60% deles são de cursos on-line", conta Davino Pontual, vice-presidente do grupo no Brasil, onde pretende investir R$ 173 milhões até 2020, com a geração de quase 2 mil empregos diretos e indiretos no período, entre professores, tutores, equipes de suporte acadêmico e outros.

Os cursos de pós-graduação mais procurados na UVA são os MBAs em Gestão Empresarial e Gestão de Projetos. Todos os alunos recebem certificado reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) e, afirma Pontual, é o mesmo certificado concedido para o curso presencial.

O executivo explica que as aulas on-line, com duração média de 12 meses, têm conteúdo interativo e flexível, de modo que o aluno defina seu ritmo, sem deixar de se exigir a mesma dedicação e disciplina dos cursos presenciais. "Ele só ganha mais flexibilidade de horário para fazer o curso. Mas as provas são todas presenciais e realizadas de duas a três vezes por semestre. Cerca de 30% dos nossos alunos dos cursos de pós on-line vêm de uma distância superior a 100 km de nossos campi", frisa Pontual.

No Ibmec, a adesão aos cursos de pós-graduação mantém-se elevada especialmente entre profissionais das áreas de Gestão, Administração, Economia e Ciências Contábeis, mas o destaque segue com o MBA de Finanças, com duração média de 14 meses. Em dezembro passado, o Ibmec teve seu controle acionário (96,4%) adquirido pelo grupo norte-americano DeVry pelo valor em torno de R$ 700 milhões.

A compra do Ibmec acrescentou à carteira da DeVry cerca de 15 mil alunos em cursos de graduação e pós-graduação e on-line em áreas como finanças, administração e engenharia. O Ibmec, fundado em 1970, tem campi no Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Campinas (SP) com a marca Metrocamp.

Em tempos de crise econômica, o preço do curso on-line para educação executiva torna-se também um diferencial a se considerar. Carlos Longo conta que escolas de negócios como FGV e Ibmec, entre outras, cobram de R$ 14 mil a R$ 20 mil um MBA a distância. Ou seja custa em torno de 70% do curso presencial. Já os cursos com certificação internacional como o MBA Manchester/FGV custam R$ 40 mil.

Carlos Longo aponta, no entanto, um problema com relação aos cursos feitos integralmente com uma universidade estrangeira. É o que ele chama de engessamento da legislação brasileira, que só reconhece diploma do exterior para curso presencial. "A nossa legislação é muito engessada. Ela exige que a prova seja presencial, quando o curso é feito integralmente com uma instituição de ensino estrangeira, e que não tenha participação de uma escola brasileira".

Fonte: Valor
Pulicado em: 29/06/2016