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06
Seg, Maio

Pesquisa indica declínio da EAD pública

Notícias EAD

Apesar disso, com investimento privado, educação a distância deverá crescer em torno de 10% ao ano

O estudo anual elaborado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) sobre o ambiente educacional, o "Mapa do Ensino Superior no Brasil" verificou que, no período de seis anos findos em 2014 (ano com os dados mais atualizados do Censo da Educação Superior) houve um cenário de contraste entre educação a distância privada, que cresceu 80% no período em matrículas, e a pública que, no sentido contrário, caiu 19% em matrículas. No total, somando as duas metodologias, o crescimento de matrículas EAD no Brasil foi de 60% entre 2009 e 2014.

O foco nos dois últimos anos da série reforça a tendência: no período de 2013 a 2014, o crescimento na rede privada alcançou 20% (999 mil matrículas para 1,2 milhão). No entanto, na rede pública ocorreu uma queda de 10% nas matrículas (eram 155 mil matrículas em 2013 e chegou a 139 mil em 2014).

No lançamento da pesquisa, em São Paulo, o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, afirmou que esse crescimento da EAD privada é o que tem mitigado dados negativos no cenário educacional. “Esperamos para 2016 um total de matrículas de 5,65 milhões na rede privada em comparação a 5,67 milhões de 2015, uma queda no ensino presencial de 7,8% em relação a 2014 e de 3,2% em relação a 2015. Já o ensino a distância deve crescer 13,1% em 2015 e cerca de 9% em 2016”, afirmou Capelato.

A pesquisa também apurou a taxa de permanência (os alunos que ingressaram em 2010 e que não evadiram em cinco anos), concluinido que, em cursos a disância, ela é maior nas instituições públicas (48,2%) do que na rede privada (36,2%).

No que se refere à taxa de evasão nos cursos a distância, em 2014, o índice de evasão para alunos de até 24 anos chegou a 32,6%, índice praticamente igual a taxa de evasão para alunos acima de 24 anos, de 32,5%. Diferentemente do que acontece com os cursos presenciais, a evasão nos cursos EAD não apresenta diferença significativa de acordo com a idade.

Mapa da Educação no Brasil
O Mapa do Ensino Superior no Brasil 2016 foi elaborado pela Assessoria Econômica do Semesp com base em modelos econométricos, apresentou um panorama completo da educação superior do país ao longo dos últimos anos, nas metodologias presencial e a distância, abrangendo todos os estados brasileiros e detalhado por mesorregião. Em sua apresentação o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, fez uma avaliação da importancia do financiamento estudantil Fies (que só vale para cursos presenciais), afirmando que o estudo revelou “que alunos com Fies evadem três vezes menos que aqueles sem o financiamento, daí a importância de se criarem políticas públicas para inovar em formas de financiamento estudantil, para que mais jovens possam frequentar o ensino superior”.

O diretor do Semesp disse também que o estudo revelou que, no cenário nacional, “a projetada redução de 3,6% no total de matrículas na rede privada em 2015 (os números finais ainda não foram divulgados pelo INEP) deve refluir em 2016 e se manter estável.” No entanto, segundo Capelato, a expectativa do Semesp, é de uma queda maior no ensino presencial que deve ser compensada pelo crescimento do ensino a distância.

Fonte: Ache seu Curso
Publicado em: 31/08/2016