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Seg, Maio

Cursos on-line de idiomas conquistam mais alunos

Notícias EAD

A relações públicas Ramone Gigliotti, 33 anos, trabalha na Red Bull Station, um espaço criativo mantido pela fabricante de energéticos no centro de São Paulo. Como tem contato com colegas de outros países, sente falta de falar um inglês mais formal, adequado ao ambiente corporativo. Para resolver a questão e manter fluência na conversação, ela decidiu ter aulas de inglês via Skype com um professor particular, o que trouxe outra vantagem: as aulas acontecem no local de trabalho: "Ganho muito tempo", diz ela.

A praticidade da educação a distância vem conquistando as pessoas. Segundo o Censo EAD divulgado no ano passado pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), a oferta de cursos de idiomas on-line cresceu 17% em 2015. O desafio é manter o engajamento do estudante. "É preciso desenvolver atividades e oferecer conteúdo que interesse ao aluno, para que ele se envolva e aprenda", diz Maurício Buchler, criador de conteúdo e diretor acadêmico da Tripppin, cujas aulas são via Skype com elementos de gamificação.

Com mais de 2 mil alunos no país, o ensino a distância de idiomas do Senac também aposta na inserção de jogos on-line para reforçar o aprendizado do idioma. Mas Anderson Malgueiro, gestor de cursos livres do Senac EAD, ressalta que o ensino remoto não é para todos. "Algumas pessoas não se adaptam à metodologia de estudo individual, sem cobrança física de um professor", diz.

Para Andrea Mansano, gerente geral da EF - Education First no Brasil, a familiaridade das pessoas que atuam no mercado de trabalho com o ambiente virtual favorece o ensino remoto. "Não vemos barreira, pois o mercado corporativo lida naturalmente com reuniões virtuais, conferências por telefone e cursos on-line", diz. Fundada há 52 anos, a EF está no Brasil há 20, onde tem 160 mil alunos.

Os cursos on-line da EF possibilitam ao aluno fazer aulas com 23 mil professores nativos da língua inglesa. "É o principal diferencial da nossa solução", afirma Andrea. Além disso, cada aula virtual tem até seis alunos de diferentes nacionalidades. "A convivência faz com que os estudantes treinem o ouvido para diferentes sotaques", diz.

Fundada pelo venezuelano Andrés Moreno, a Open English é outra empresa global de ensino on-line de idiomas presente no Brasil. Hoje, 18% dos alunos da escola estão no país. Moreno também destaca o fato de a escola reunir um time de professores nativos de inglês. "Isso assegura que nossos estudantes recebam aulas da melhor qualidade", diz. Fundada em 2005, a Open English tem 500 mil alunos registrados em sua plataforma e recebeu, até agora, mais de US$ 120 milhões em aportes de capital.

No Brasil desde 2013, a americana Voxy, que fechou recentemente parceria com o grupo britânico Pearson, reúne mais de 130 mil alunos no país. Segundo André Almeida, diretor regional da empresa no Brasil, o segmento corporativo responde por mais de 90% do faturamento da escola e, no ano passado, a área cresceu 45% em novos negócios. "O Brasil é o principal mercado para a Voxy em número de alunos e receita", afirma. O país contribui com metade do faturamento da empresa americana.

Para garantir o engajamento, a Voxy tem um modelo de acompanhamento de desempenho baseado em objetos de estudo. Segundo Almeida, e-mails, mensagens de texto e telefonemas do professor estimulam o aluno a cumprir o plano de estudos.

Fonte: Valor
Publicado em: 01/02/2017