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Dom, Maio

O futuro do livro didático no mundo digital

Notícias EAD

Os livros didáticos sempre foram um recurso fundamental para a aprendizagem na escola e na universidade. A experiência dos estudantes de hoje, porém, começa a se modificar. Com milhares de conteúdos online gratuitos na internet, o avanço das metodologias ativas de ensino e o aumento do acesso à rede, cabe a pergunta: ainda precisamos de livros didáticos?

É claro que sim, mas tanto o formato como o papel desses livros está se modificando. É o que observamos, por exemplo, na educação básica nos EUA. Com uma razão de um computador para cada cinco alunos na maioria das escolas e quase todos os professores com acesso ao computador em sala de aula, abriram-se possibilidades fantásticas para quem produz material de ensino. As editoras lançaram plataformas digitais para estudantes e professores e também começaram a enriquecer os livros com recursos como vídeos, áudios ou simulações.

No Brasil verificamos o mesmo fenômeno, inclusive no ensino superior. As editoras passaram a se conceber, muito mais do que como produtoras de livros tradicionais, como organizações de apoio à educação presencial e online, oferecendo material didático digital, disciplinas online e variadas midiatecas, que ajudam o professor a ensinar de novas formas.

Os novos livros didáticos e seus objetos de aprendizagem caem como uma luva para as metodologias ativas - como sala de aula invertida ou PBL (problem based learning), por exemplo. Meio caminho andado para que o professor não precise gastar tempo da aula com longas exposições de conteúdos e torne a aula mais dinâmica, esclarecendo dúvidas, motivando os estudantes a resolver desafios e estudos de caso e acompanhando de forma mais personalizada a sua evolução e suas necessidades individuais de aprendizagem.

Há desafios. Por exemplo, é necessário que os professores estejam dispostos a adotar estes recursos e aprendam a utilizá-los. Escolas, universidades e os cursos de formação docente devem ajudar nesta transição.

Além disso, uma competência do novo professor é saber selecionar o conteúdo adequado e confiável. Isso porque há de tudo: materiais produzidos por “conteudistas” em vez “autores”, versões rasas de livros consagrados, apostilas com resumos baseados em copiar-colar. Na contramão desta vulgarização dos saberes, as editoras capacitam seus autores para produzir conhecimento em diversos formatos e desenvolver materiais com garantia.

Mesmo com estes desafios pela frente, os novos livros didáticos – mais abertos, dinâmicos e interativos – terão sua parcela na transformação das formas de aprender, tornando a educação mais envolvente e emocionante, para alunos e professores.

Fonte: O Globo - Andrea Amaral