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02
Qui, Maio

Os países preferidos dos latino-americanos para cursar uma graduação

Notícias EAD

EUA seguem na liderança das preferências, mas UNESCO aponta aumento de mobilidade dentro das instituições regionais.

Existem vários fatores que influenciam um estudante na hora de escolher seu destino fora do país. Geralmente, os jovens levam em conta o perfil do lugar, a reputação educacional, as creditações universitárias, o estilo da própria universidade desejada, os requerimentos de visto, o apoio ao estudante estrangeiros e potenciais dificuldades.

Há talvez incentivos adicionais relacionados com a capacidade do país em receber estudantes de fora: um processo simplificado de aprovação do visto e a permissão para trabalhar enquanto estuda, ou mesmo de se mover para um emprego mais qualificado, são alguns exemplos.

Uma pesquisa grupal conduzida pela consultoria internacional JWT Education concluiu que as principais motivações dos estudantes latino-americanos ao irem para o exterior estudar são os sonhos de infância de viver fora do país e a prospecção de melhorar o inglês e crescer nas chances de ingressar no mercado de trabalho.

A UNESCO, braço da ONU para a cultura, publicou recentemente em um artigo que 2,7 milhões de estudantes estavam em instituições fora de seus países de origem em 207, um crescimento impressionante de 53% em comparação com 1999. O grosso desse dado é de jovens asiáticos (China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Malásia), além de europeus (Alemanha, França e Rússia) e dos Estados Unidos. Os latino-americanos e caribenhos representavam 6% dos estudantes no exterior, com cerca de 168 mil estudantes.

Observando melhor as características na América Latina, há algumas descobertas interessantes no estudo: 53% dos estudantes da região estudando no exterior eram originalmente de quatro países: México (15%), Brasil (10%), Peru (8%) e Venezuela (7%). Entre os estudantes desses países, os Estados Unidos são o destino mais comum, seguido pela Espanha. Há países emergindo como alternativas, como a China, a Coreia e a Nova Zelândia, além do intercâmbio cada vez mais comum com a Austrália.

A perspectiva global não é muito diferente da tendência regional: tradicionalmente, os Estados Unidos são o destino favorito dos estudantes latino-americanos, já que 43% deles vão para a América Norte - incluindo o Canadá. No entanto, esse número diminuiu 12% em comparação com 1999, o que mostra que a seleção de um país para estudar está progressivamente se deslocando na América Latina na mesma proporção. A Europa Ocidental - França, Espanha, Reino Unido, Itália e Portugal - ainda permanece como a segunda região preferida por eles, em termos geográficos (31%).

Em 2007, 23% dos estudantes latino-americanos estavam matriculados em universidades da região. Cuba abrigava a maior proporção deles, com 14% de estrangeiros, seguido pelo Chile, que possui um número muito menor: 3%. Os números indicam que Cuba recebe mais do que o dobro de estudantes latino-americanos comparando com qualquer outro destino global fora os EUA, incluindo a França, o Reino Unido e mesmo a Espanha.

 Cuba é um destino comum de estudantes da Venezuela, Bolívia, Equador e dos países da América Central, talvez devido aos compromissos do governo cubano com essas nações. Em comparação, um número pequeno de estudantes cubanos estão estudando em universidades estrangeiras, seja nos EUA ou na Europa: cerca de mil.

Os latino-americanos consideram a língua um importante critério na hora de escolher um país: 50% procuram estudar inglês em nações nativas, como EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália, seguido por países hispânicos (Espanha, Cuba e Chile). Segundo a UNESCO, esses estudantes tendem a ver o ensino no exterior como uma maneira de garantir a qualidade da educação individual ou de avançar algumas etapas rumo ao emprego desejado. As decisões são fortemente baseadas em fatores financeiros e no perfil dos países escolhidos.

Isso é mais presente em estudantes que procuram um nível de pós-graduação, elemento que também implica um grande nível de sacrifício pessoal: de qualquer forma, eles têm grandes expectativas e confiam que os investimentos voltarão em forma de oportunidades adicionais que podem ser oferecidas no próprio país de destino.

Mesmo sendo mais caro estudar nos EUA do que em outros países, e dos requerimentos de visto serem mais restritos, há uma grande preferência dos estudantes pelo país ao Norte por causa da reputação, da oportunidade de trabalhar e por estar num local central no mundo.

No entanto, compromissos governamentais e regionais são geralmente importantes em colaborar e facilitar os trâmites burocráticos e os encargos financeiros de estudar no exterior. O exemplo de Cuba com outros Estados sul-americanos é o mais acabado, mas há também acordos entre o Mercosul, como o Convênio Andrés Bello (CAB) e iniciativas independentes entre universidades de cada país. Isso provê uma importante base para o aumento de estudantes participando de programas acadêmicos no exterior dentro da região.

Todas as indicações parecem apontar que os EUA permanecerão o destino mais popular para os estudantes latino-americanos, mas fatores como o aumento dos requerimentos para entrar no país e os acordos governamentais, regionais e institucionais ao redor do continente devem garantir nos próximos anos que a mobilidade entre países da América Latina continue crescendo.

Fonte: Divulgação