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Seg, Abr

O Brasil em 2030: Ensino superior de qualidade europeia

Notícias EAD

A adoção do modelo europeu, que inclui financiamento privado e bolsa de estudos, mudou o ensino superior.

O Brasil é o primeiro país latino-americano a entrar na lista das 20 melhores universidades do mundo. A USP, a maior do país, teve desempenho próximo a universidades tradicionais, como a Universidade de Londres, do Reino Unido. No total, o Brasil ocupou cinco posições entre as 50 melhores na lista do ano passado. As universidades brasileiras se destacaram em dois quesitos principais. Primeiro, a qualidade da produção científica, medida pela quantidade de vezes em que foram citadas em trabalhos acadêmicos no mundo inteiro. Por esse critério, o país foi o que mais avançou no período entre 2014 e 2030. O segundo destaque foi o ambiente de aprendizagem, em que é analisada a qualidade do corpo docente e dos alunos de cada instituição. A USP tem 90% de seus professores com título de doutorado.

O sucesso das universidades brasileiras no mundo é um desdobramento do atual cenário do ensino superior brasileiro. As mais de 3 mil instituições de ensino públicas e particulares atendem hoje quase 70% da população entre 18 e 24 anos. A universalização do acesso é acompanhada pela qualidade dos cursos. Metade deles recebeu, no ano passado, notas acima da média nacional. Cerca de 20% tiraram a nota máxima – a maioria em engenharia, ciência da computação, matemática e biotecnologia.

A qualidade das atuais universidades públicas e particulares brasileiras é resultado da reforma universitária iniciada há 16 anos. Em 2014, o Brasil se voltou para a experiência europeia, em particular do Reino Unido. Ela inspirou um conjunto de políticas que mudaram de forma radical o cenário do ensino superior.

Para garantir o acesso a todos os estudantes e aumentar a qualidade dos cursos e das pesquisas, mudou o financiamento das universidades. Todas elas, públicas e privadas, foram autorizadas a ter três tipos de financiamento: privado, do governo e de cobrança de mensalidades. As universidades públicas passaram a cobrar mensalidade dos alunos depois de apresentar planos de bolsas de estudos, para garantir o acesso de estudantes de baixa renda. Para a pesquisa científica, o financiamento é sobretudo privado. Empresas investem nas universidades de acordo com as demandas de mercado.

Nenhum desses esforços teria dado resultado sem a melhora da qualidade do aluno. Até 2014, o Brasil investia o quíntuplo no aluno do ensino superior do que no aluno do ensino médio. Essa proporção de inverteu, e agora os alunos chegam mais bem preparados à universidade. Por isso, avançamos tão rápido na pesquisa e na ciência.

Fonte: Época